Quem conhece um pouco algum canto da Europa ou já estudou um pouco o tema mobilidade urbana, já deve ter percebido que a base do transporte na maioria dos países europeus é ferroviária.
Sendo brasileiro, nem precisa pesquisar, por aqui toda nossa infraestrutura foi criada para o transporte rodoviário. Tudo baseado nos "auto"móveis.
Não é por acaso, a história nos ensina. Quando a infraestrutura básica urbana foi criada nestes países europeus, o transporte ferroviário era o que "existia" de fato.
Por aqui os "50 anos em 5" de JK urbanizou nossas cidades na época em que a indústria automobilística estava no auge. E por issso toda nossa urbanização foi baseada no modelo baseado nos automóveis.
Olhar para eventos do passado atribuindo a eles julgamentos de valor sob a ótica atual é um erro histórico grave, pois sempre olhamos já com o entendimento das consequências causadas por uma ou outra escolha. As bolas de cristal não existem na história.
Lá e cá muito se aprendeu com os erros e acertos de cada um. Quem estuda mobilidade urbana com seriedade já percebeu que o modelo baseado no transporte motorizado individual, sobretudo o automóvel, está falido.
Mas eu não vim aqui para falar sobre história ou sobre o certo ou errado em nossas escolhas. Vim para dizer que - embora muitos de nós não saibamos - tem muita gente boa pensando e trabalhando o "novo mundo", em que a mobilidade urbana é pensada não mais num modelo baseado na indústria "A" ou na indústria "B"; mas num modelo baseado no ser humano!
Por mais "Hippie" que isso possa parecer, é irremediável. Tanto quanto a falência do automóvel como meio de transporte urbano diário.
Então eu venho aqui para divulgar uma destas ações em prol desta mobilidade.
A Transporte Ativo (TA), entidade da qual sou membro, vai promover o IV WorkShop "A promoção da mobilidade por bicicleta no Brasil", no qual procura unir entidades que trabalham promovendo a bicicleta como meio de transporte urbano no Brasil. Como nos anteriores, o objetivo é compartilhar conhecimentos e unir forças.
Aqui eu venho apenas divulgar, mais detalhes e informações lá no site da TA: Promoção da mobilidade por bicicleta no Brasil - 2016.
Até o próximo...
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segunda-feira, 14 de março de 2016
terça-feira, 8 de março de 2016
Um adeus ao Glauston
Hoje venho aqui para dar uma notícia triste. A despedida que não existiu a um amigo que se foi. Glauston Pinheiro.
Eu já tive muitas crenças na vida e respeito a de todos. Como todos, não sei o que será de nós após a nossa morte. Não sei se para o Glauston a ida é algo ruim. Mas sei que nós sentiremos sua falta e venho aqui para prestar essa homenagem a ele.
Quando comecei e me envolver profundamente no mundo da bicicleta estava morando em Niterói, e estando lá pude presenciar algumas mudanças que a cidade passava em relação à infraestrutura cicloviária.
Algum tempo depois descobri quem era responsável por aquilo e acabei me tornando seu amigo. Tudo era trabalho do Glauston.
Vi o quanto ele lutou para conseguir um pouquinho de quebras de paradigma.
Vi seus momentos de incerteza se estava fazendo tudo de forma correta.
Vi a tristeza que sentia ao ser criticado e não compreendido.
Vi sua transformação e seu caminho em direção a pensar no trânsito para as pessoas, não para as máquinas.
Glauston ria muito e era muito bem humorado, junto com ele lutávamos e encarávamos a luta com bom humor.
Deixo aqui então meu abraço carinhoso e minha homenagem a ele.
Veja aqui a homenagem da Transporte Ativo, contanto mais um pouco de sua história: Adeus ao parceiro, amigo e pioneiro.
Até o próximo...
Eu já tive muitas crenças na vida e respeito a de todos. Como todos, não sei o que será de nós após a nossa morte. Não sei se para o Glauston a ida é algo ruim. Mas sei que nós sentiremos sua falta e venho aqui para prestar essa homenagem a ele.
Quando comecei e me envolver profundamente no mundo da bicicleta estava morando em Niterói, e estando lá pude presenciar algumas mudanças que a cidade passava em relação à infraestrutura cicloviária.
Algum tempo depois descobri quem era responsável por aquilo e acabei me tornando seu amigo. Tudo era trabalho do Glauston.
Vi o quanto ele lutou para conseguir um pouquinho de quebras de paradigma.
Vi seus momentos de incerteza se estava fazendo tudo de forma correta.
Vi a tristeza que sentia ao ser criticado e não compreendido.
Vi sua transformação e seu caminho em direção a pensar no trânsito para as pessoas, não para as máquinas.
Glauston ria muito e era muito bem humorado, junto com ele lutávamos e encarávamos a luta com bom humor.
Deixo aqui então meu abraço carinhoso e minha homenagem a ele.
Crédito da foto: bikeanjo.org,br
Passeio MAC ao MAM. Crédito da foto: blog Felipe Peixoto
Veja aqui a homenagem da Transporte Ativo, contanto mais um pouco de sua história: Adeus ao parceiro, amigo e pioneiro.
Até o próximo...