Quem acompanha o Blog sabe que eu tenho vindo pouco, mas continuo por aqui.
Praticamente todas as ações tem sido para ajudar os leitores que me escrevem pedindo ajuda, seja em perguntas nos posts seja através de e-mails (a maioria).
Alguns projetos aqui para o Blog estão congelados em função de minha vida particular, sobretudo estudos, mas logo logo volto com toda força.
Para não perder o hábito, venho aqui com uma mensagem de natal, simples e singela. E mais uma vez veio de minha amada Viviane:
Que esta mensagem fique e continue, devagar, "no ritmo da bicicleta" como diz meu amigo Zé Lobo. "Pedalemos como um velho para chegarmos lá na frente como um jovem", como diz meu amigo Eduardo Benhardt.
Então que a mensagem sirva para citar e estar com amigos e entes queridos.
Feliz Natal!
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Feliz Natal
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Robson Combat
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terça-feira, 1 de julho de 2014
Bike Circuito Pedalar vale à pena?
Pessoal, vocês já devem ter percebido minha ausência, não é?
Bem espero que sim, risos! Estou numa fase bem apertada em meu mestrado e não tem dado tempo de vir aqui.
Tem muitos projetos aqui para o Blog parados. O principal deles é a parceria com a POLARIO, que vai nos gerar um sorteio de uma bicicleta, mas isso também precisa ser adiado por hora.
Eu vim aqui rapidamente para falar sobre a bicicleta que está sendo vendida junto com o KIT do Circuito Pedalar promovido por um banco. Decidi escrever - rapidamente, por que tem MUITA gente me pedindo opinião sobre ela, não só aqui no Blog, mas amigos e amigos de amigos.
Antes de tudo, se você tem pressa, já vou lhe dizer minha opinião: NÃO COMPRE!
Então vamos lá, vou replicar parte do que já escrevi a alguns leitores:
"
[...] vou direto ao ponto: fuja destas bicicletas destes passeios, elas são péssimas, muito mais do que imaginas!
Você consegue conceber a compra de um carro popular por 1/4 do preço? Não? Vai dar problemas e afetar a segurança, não é? O mesmo ocorre com outros meios de transporte, como a bicicleta por exemplo.
Não há milagres, o que é bom é caro. É possível encontrar um meio termo, uma boa relação custo benefício. Mas estas bicicletas certamente não são. É jogar dinheiro fora.
Explico porque: é tudo tão ruim que logo quebrará e fará você precisar trocar muitas peças. Ao ver o preço do conserto + peças vai ficar com raiva de pagar (em muitos casos mais do pagou na bicicleta) e vai ficar num dilema: pago pelo conserto ou deixo para lá e deixo a bicicleta parada?
Em qualquer uma das duas escolhas, depois vai ficar se perguntando 'caramba, por quê eu não comprei logo uma melhor de 1000 reais que não me daria nenhuma dor de cabeça? Por quê? Por quê?'
"
"
[...]
A iniciativa deles deveria ser boa, paracendo que querem incentivar o uso de bicicletas, vendendo por um baixo custo. Mas na verdade é um tiro no pé, pois a bicicleta é tão ruim que faz as pessoas pensarem:
- nossa como é horrível andar de bicicleta!
Eu até poderia pensar - numa vibe de 'teoria da conspiração' - que a intenção é esta mesmo: fazer as pessoas verem que bicicleta é horrível e parar com essa ideia de andar de bicicleta na rua atrapalhando quem quer andar de carro.
Quem sabe?
[...]
"
"
[...]
Além de conhecer do assunto eu me baseio em minha experiência pessoal e na de alguns amigos.
Uma vez entrei nessa (mesmo sabendo que o barato costuma sair caro), comprei uma bicicleta beeeeeeeem baratinha (paguei uns 120 reais, usada) para ser a 'bike do ladrão'.
A ideia era usar para ir pra lá e prá cá, fazer compras e parar a bike sem medo de ser roubada.
Para fazer ela andar, tive que gastar uns 180 reais. É claro que só comprei itens de segunda linha, pois não tinha sentido comprar coisas boas para esta bike, não é?
Durou menos de 2 meses e já quebrou um raio traseiro.
Troquei.
Quebrou outro e outro.
Tive que refazer a raiação.
Em 1 mês o cubo não aguentou e quebrou. Tive que montar outra roda.
Os pneus e câmaras eram tão ruins que ao primeiro furo tive que trocar a câmara.
O canote quebrou. O selim também.
Os freios, de plástico amassaram, tive que trocar.
O movimento central quebrou, os pedais e pedivela também.
Como eu só comprava itens de segunda linha, muitos destes itens precisaram ser repostos.
É claro que nenhum lojista me disse a bike era ruim, porque eu os dava muito lucro, estava sempre lá comprando peças!
Bem, no fim eu gastei uns 900 reais com esta bicicleta. Fazendo a conta por alto, ela me saiu por mais de 1000 reais. E com esse gasto, no fim eu ainda tinha uma bicicleta péssima (sim, porque tudo nela era de segunda).
Além do que gastei tem uma coisa que talvez as pessoas não percebam, o tal 'lucro cessante', que no meu caso quer dizer o seguinte: cada vez que dava um defeito eu ficava com a bicicleta parada e consequentemente sem meu meio de transporte. Isso não tem preço, é muito caro!
Perdi a paciência e parti para outra.
Mudei a estratégia.
Comprei uma de 700 reais, usada (e olha que achei cara...). Mas era uma ótima bicicleta da década de 90. Para fazer ela andar, gastei uns 200 reais.
É a bicicleta que mais ando; com meu filho; para fazer compras etc. Eu já a tenho há cerca de 1 ano. Já rodei muito.
Sabe quanto gastei mais nela?
Sabe quantas vezes deu algum tipo de defeito ou precisou ficar parada?
NENHUMA VEZ!
Sem mais comentários...
"
Dia destes alguém fez um comentário aqui questionando o fato de eu estar usando estes argumentos sem ver a bicicleta antes, mas ele não se identificou e escreveu de uma forma deselegante. Acabei apagando a pergunta.
No entanto o questionamento não deixa de ser válido, então faço alguns comentários sobre isso:
- Eu ainda não vi a bicicleta de perto, mas pela experiência adquirida e pelas fotos, dá para identificar vários quesitos ruins em sua estrutura, como o sistema de dobras; base, estrutura e sistema de dobra do guidão, qualidade do quadro, montagem, paralamas etc. E para completar repito e repito e repito: não é possível oferecer uma bicicleta de qualidade mínima por este preço.
- Se procurarem por outros artigos e respostas aqui no Blog verão que eu sempre defendi que milagres de preço não existem. Isso não é pura impressão, não é possível oferecer uma bicicleta de qualidade por este preço oferecido.
E para fechar, se alguém ainda não "pescou", Blogs são espaços de opinião, neste caso aqui minha opinião. Ninguém é obrigado a aceitá-las como lei. Nem de continuar lendo caso não concorde. Se tem bons argumentos contrários, uma discussão de bom nível será bem vinda. Mas nada impede que também façam o mesmo, criando um Blog, expressando suas opiniões e ajudando os outros. Porque para atrapalhar já tem muita gente.
Então, se você leu até aqui, a minha opinião: NÃO COMPRE!
Até o próximo...
Bem espero que sim, risos! Estou numa fase bem apertada em meu mestrado e não tem dado tempo de vir aqui.
Tem muitos projetos aqui para o Blog parados. O principal deles é a parceria com a POLARIO, que vai nos gerar um sorteio de uma bicicleta, mas isso também precisa ser adiado por hora.
Eu vim aqui rapidamente para falar sobre a bicicleta que está sendo vendida junto com o KIT do Circuito Pedalar promovido por um banco. Decidi escrever - rapidamente, por que tem MUITA gente me pedindo opinião sobre ela, não só aqui no Blog, mas amigos e amigos de amigos.
Antes de tudo, se você tem pressa, já vou lhe dizer minha opinião: NÃO COMPRE!
Então vamos lá, vou replicar parte do que já escrevi a alguns leitores:
"
[...] vou direto ao ponto: fuja destas bicicletas destes passeios, elas são péssimas, muito mais do que imaginas!
Você consegue conceber a compra de um carro popular por 1/4 do preço? Não? Vai dar problemas e afetar a segurança, não é? O mesmo ocorre com outros meios de transporte, como a bicicleta por exemplo.
Não há milagres, o que é bom é caro. É possível encontrar um meio termo, uma boa relação custo benefício. Mas estas bicicletas certamente não são. É jogar dinheiro fora.
Explico porque: é tudo tão ruim que logo quebrará e fará você precisar trocar muitas peças. Ao ver o preço do conserto + peças vai ficar com raiva de pagar (em muitos casos mais do pagou na bicicleta) e vai ficar num dilema: pago pelo conserto ou deixo para lá e deixo a bicicleta parada?
Em qualquer uma das duas escolhas, depois vai ficar se perguntando 'caramba, por quê eu não comprei logo uma melhor de 1000 reais que não me daria nenhuma dor de cabeça? Por quê? Por quê?'
"
"
[...]
A iniciativa deles deveria ser boa, paracendo que querem incentivar o uso de bicicletas, vendendo por um baixo custo. Mas na verdade é um tiro no pé, pois a bicicleta é tão ruim que faz as pessoas pensarem:
- nossa como é horrível andar de bicicleta!
Eu até poderia pensar - numa vibe de 'teoria da conspiração' - que a intenção é esta mesmo: fazer as pessoas verem que bicicleta é horrível e parar com essa ideia de andar de bicicleta na rua atrapalhando quem quer andar de carro.
Quem sabe?
[...]
"
"
[...]
Além de conhecer do assunto eu me baseio em minha experiência pessoal e na de alguns amigos.
Uma vez entrei nessa (mesmo sabendo que o barato costuma sair caro), comprei uma bicicleta beeeeeeeem baratinha (paguei uns 120 reais, usada) para ser a 'bike do ladrão'.
A ideia era usar para ir pra lá e prá cá, fazer compras e parar a bike sem medo de ser roubada.
Para fazer ela andar, tive que gastar uns 180 reais. É claro que só comprei itens de segunda linha, pois não tinha sentido comprar coisas boas para esta bike, não é?
Durou menos de 2 meses e já quebrou um raio traseiro.
Troquei.
Quebrou outro e outro.
Tive que refazer a raiação.
Em 1 mês o cubo não aguentou e quebrou. Tive que montar outra roda.
Os pneus e câmaras eram tão ruins que ao primeiro furo tive que trocar a câmara.
O canote quebrou. O selim também.
Os freios, de plástico amassaram, tive que trocar.
O movimento central quebrou, os pedais e pedivela também.
Como eu só comprava itens de segunda linha, muitos destes itens precisaram ser repostos.
É claro que nenhum lojista me disse a bike era ruim, porque eu os dava muito lucro, estava sempre lá comprando peças!
Bem, no fim eu gastei uns 900 reais com esta bicicleta. Fazendo a conta por alto, ela me saiu por mais de 1000 reais. E com esse gasto, no fim eu ainda tinha uma bicicleta péssima (sim, porque tudo nela era de segunda).
Além do que gastei tem uma coisa que talvez as pessoas não percebam, o tal 'lucro cessante', que no meu caso quer dizer o seguinte: cada vez que dava um defeito eu ficava com a bicicleta parada e consequentemente sem meu meio de transporte. Isso não tem preço, é muito caro!
Perdi a paciência e parti para outra.
Mudei a estratégia.
Comprei uma de 700 reais, usada (e olha que achei cara...). Mas era uma ótima bicicleta da década de 90. Para fazer ela andar, gastei uns 200 reais.
É a bicicleta que mais ando; com meu filho; para fazer compras etc. Eu já a tenho há cerca de 1 ano. Já rodei muito.
Sabe quanto gastei mais nela?
Sabe quantas vezes deu algum tipo de defeito ou precisou ficar parada?
NENHUMA VEZ!
Sem mais comentários...
"
Dia destes alguém fez um comentário aqui questionando o fato de eu estar usando estes argumentos sem ver a bicicleta antes, mas ele não se identificou e escreveu de uma forma deselegante. Acabei apagando a pergunta.
No entanto o questionamento não deixa de ser válido, então faço alguns comentários sobre isso:
- Eu ainda não vi a bicicleta de perto, mas pela experiência adquirida e pelas fotos, dá para identificar vários quesitos ruins em sua estrutura, como o sistema de dobras; base, estrutura e sistema de dobra do guidão, qualidade do quadro, montagem, paralamas etc. E para completar repito e repito e repito: não é possível oferecer uma bicicleta de qualidade mínima por este preço.
- Se procurarem por outros artigos e respostas aqui no Blog verão que eu sempre defendi que milagres de preço não existem. Isso não é pura impressão, não é possível oferecer uma bicicleta de qualidade por este preço oferecido.
E para fechar, se alguém ainda não "pescou", Blogs são espaços de opinião, neste caso aqui minha opinião. Ninguém é obrigado a aceitá-las como lei. Nem de continuar lendo caso não concorde. Se tem bons argumentos contrários, uma discussão de bom nível será bem vinda. Mas nada impede que também façam o mesmo, criando um Blog, expressando suas opiniões e ajudando os outros. Porque para atrapalhar já tem muita gente.
Então, se você leu até aqui, a minha opinião: NÃO COMPRE!
Até o próximo...
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quinta-feira, 12 de junho de 2014
Amor, estou chegando...
Para os dia dos namorados.
Para uma mente sã.
Para a minha Viviane.
Para um dia dos namorados feliz!
Até o próximo...
Para uma mente sã.
Para a minha Viviane.
Para um dia dos namorados feliz!
Até o próximo...
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domingo, 18 de maio de 2014
Como planejar cruzamentos pensando nas PESSOAS
Há algumas semanas publiquei este pequeno artigo com uma imagem que mostra a construção de vias em nossas cidades aqui no Brasil.
Como as coincidências não existem, recebi de um colega de uma lista de discussão a divulgação de um vídeo mostrando como é feito o planejamento dos cruzamentos na Holanda.
Eu não vou escrever muito porque o vídeo é bem explicativo, mas vou deixar de novo a imagem de nossos cruzamentos, para que se compare com o que e feito por lá.
Aqui no Brasil:
Na Holanda:
Até o próximo...
Como as coincidências não existem, recebi de um colega de uma lista de discussão a divulgação de um vídeo mostrando como é feito o planejamento dos cruzamentos na Holanda.
Eu não vou escrever muito porque o vídeo é bem explicativo, mas vou deixar de novo a imagem de nossos cruzamentos, para que se compare com o que e feito por lá.
Aqui no Brasil:
Na Holanda:
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quinta-feira, 15 de maio de 2014
Bicicleta Dobrável DURBAN COMMUTER (Aro 16) - Avaliação - Review
Este artigo segue num tom bem diferente de praticamente todos os outros: é ao mesmo tempo uma divulgação e uma oferta.
Um representante da DURBAN no Brasil fez contato comigo eferecendo uma grande promoção deles: uma liquidação que estão fazendo no estoque da DURBAN COMMUTER, aro 16.
Um representante da DURBAN no Brasil fez contato comigo eferecendo uma grande promoção deles: uma liquidação que estão fazendo no estoque da DURBAN COMMUTER, aro 16.
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domingo, 4 de maio de 2014
Bicicleta Dobrável RIO SOUTH WayD - Avaliação - Review - Teste de curta duração
A série de artigos sobre bikes dobráveis aqui no Blog acabou se mostrando muito mais útil do que imaginava inicialmente e acabou crescendo.
Eles tem se tornado referência sobre bicicletas dobráveis, e como tal tenho recebido de amigos e empresas a incumbência de avaliar algumas, a fim de testar, passar minhas impressões e por conseguinte, divulgá-las aqui.
Esse é o segundo artigo da série "Testes de curta duração". O primeiro foi o da FLEE TAKOMA.
Em breve publicarei testes das:
Eles tem se tornado referência sobre bicicletas dobráveis, e como tal tenho recebido de amigos e empresas a incumbência de avaliar algumas, a fim de testar, passar minhas impressões e por conseguinte, divulgá-las aqui.
Esse é o segundo artigo da série "Testes de curta duração". O primeiro foi o da FLEE TAKOMA.
Em breve publicarei testes das:
- FLEE KIBA ARO 16
- DURBAN BAY 1
- DURBAN BAY 6
- DAHON JETSTREAM
- DAHON ECO C7
- E outras...
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domingo, 27 de abril de 2014
Como rebocar uma bicicleta com outra bicicleta
Um artigo utilitário e curtinho, mas acredito que bem útil.
Já vivi algumas situações em que precisei carregar uma bicicleta já estando em uma; ou seja, precisa pedalar em uma e carregar a outra.
De imediato - sem pensar duas vezes - o que fiz foi "carregá-la" pelo guidão, ao lado da minha. Uma das mãos no guidão da que eu pedalava e a outra mão segurando o guidão da outra bike.
Já vivi algumas situações em que precisei carregar uma bicicleta já estando em uma; ou seja, precisa pedalar em uma e carregar a outra.
De imediato - sem pensar duas vezes - o que fiz foi "carregá-la" pelo guidão, ao lado da minha. Uma das mãos no guidão da que eu pedalava e a outra mão segurando o guidão da outra bike.
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Robson Combat
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quinta-feira, 24 de abril de 2014
IPI Zero para bicicletas!
Eu posso quase afirmar que você sabe que o governo federal incentiva e subsidia a compra de automóveis reduzindo impostos.
Não discutir isso aqui (pelo menos não agora - risos), mas você já se perguntou se existe o mesmo incentivo para a compra de bicicletas?
De qualquer forma eu já respondo: não, não existe. E se você acha isso estranho, mais estranho ainda é o fato de que já existem muitas propostas para isso e o governo federal continua fazendo vista grossa.
A gente sabe que tem "gente grande" brigando contra isso.
A Caloi por exemplo faz um grande lobby para que isso não aconteça, sabe porque? Porque ela monta e fabrica as bicicletas na Zona Franca de Manaus e ela já tem este incentivo!
Então ela declara abertamente que não quer que o IPI zero para bicicletas passe, se passar aumenta a concorrência e ela vai ter que baixar os seus preços (e aumentar a qualidade).
Mas enfim, a "briga" não é com a Caloi, é com o governo, que precisa fazer com que a lei que circula no congresso passe.
E você pode ajudar, sabe como? Assinando um abaixo assinado para fazer pressão com os nossos congressistas. Já temos mais de 100 mil assinaturas, mas precisamos de mais!
Veja o vídeo da campanha:
Saiba mais detalhes e vote aqui: change.org - IPI ZERO para bicicletas.
Você pode fazer parte da história também!
Até o próximo...
Não discutir isso aqui (pelo menos não agora - risos), mas você já se perguntou se existe o mesmo incentivo para a compra de bicicletas?
De qualquer forma eu já respondo: não, não existe. E se você acha isso estranho, mais estranho ainda é o fato de que já existem muitas propostas para isso e o governo federal continua fazendo vista grossa.
A gente sabe que tem "gente grande" brigando contra isso.
A Caloi por exemplo faz um grande lobby para que isso não aconteça, sabe porque? Porque ela monta e fabrica as bicicletas na Zona Franca de Manaus e ela já tem este incentivo!
Então ela declara abertamente que não quer que o IPI zero para bicicletas passe, se passar aumenta a concorrência e ela vai ter que baixar os seus preços (e aumentar a qualidade).
Mas enfim, a "briga" não é com a Caloi, é com o governo, que precisa fazer com que a lei que circula no congresso passe.
E você pode ajudar, sabe como? Assinando um abaixo assinado para fazer pressão com os nossos congressistas. Já temos mais de 100 mil assinaturas, mas precisamos de mais!
Veja o vídeo da campanha:
Saiba mais detalhes e vote aqui: change.org - IPI ZERO para bicicletas.
Você pode fazer parte da história também!
Até o próximo...
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terça-feira, 22 de abril de 2014
Transporte Ativo promove WorkShop nos próximos dias 28,29 e 30
A Transporte Ativo, entidade da qual sou membro, está promovendo o seu segundo WorkShop.
Desta vez com o Tema A PROMOÇÃO DA MOBILIDADE POR BICICLETA NO BRASIL.
Os objetivos básico do Worshop são:
Até o próximo...
Desta vez com o Tema A PROMOÇÃO DA MOBILIDADE POR BICICLETA NO BRASIL.
Os objetivos básico do Worshop são:
- Encorajar organizações da sociedade civil voltadas à promoção do uso de bicicletas a desenvolver uma administração eficiente para melhor lidar com governos e empresas locais;
- Aumentar o conhecimento dos participantes sobre o tema, focando em Adminstração, Financiamentos e Empreendedorismo;
- Cooperar para o intercâmbio de conhecimentos entre diferentes organizações com objetivo comum;
- Buscar qualificar Organizações da Sociedade Civil, para uma atuação mais eficiente em suas respectivas regiões.
Acontecerá nos próximos dias 28, 29 e 30 de abril, no Studio X (Praça Tiradentes).
O evento é promovido pela própria Transporte Ativo, e patrocinado pelo Itaú.
Além do Worshop a Transporte Ativo vai premiar entidades e ações em prol da bicicleta no Brasil.
Para participar é preciso se inscrever, mas venho aqui para divulgar, para mostrar que tem muita gente boa trabalhando em prol da melhoria da mobilidade em nosso país.
A Transporte Ativo é referência nacional e internacional em mobilidade através de meios de transporte movidos à tração humana. Já ganhou inúmeros prêmios e é a entidade mais transparente e séria que conheço.
Divulgo e parabenizo a Transporte Ativo por mais uma iniciativa exemplar!
Mais detalhes no site da Transporte Ativo:
Até o próximo...
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domingo, 20 de abril de 2014
Uma imagem para pensar nossas cidades
Eu sou um brasileiro, nascido e criado na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Como todos os meus contemporâneos e conterrâneos, cresci sonhando em ter um carro e uma casa própria, isso resolveria meus problemas pessoais e me faria feliz.
Meu pai morreu quando eu ainda era adolescente, com o pouco de herança que ele deixou para mim eu comprei um carro.
Como todos os meus contemporâneos e conterrâneos, cresci sonhando em ter um carro e uma casa própria, isso resolveria meus problemas pessoais e me faria feliz.
Meu pai morreu quando eu ainda era adolescente, com o pouco de herança que ele deixou para mim eu comprei um carro.
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Robson Combat
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20:13
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quinta-feira, 17 de abril de 2014
"Dicas" do DETRAN-RJ para ciclistas (hahahaha!)
Uma pessoa divulgou numa lista de discussão que envolve bicicleta um texto publicado no site do Detran-RJ, no qual supostamente "dá dicas" para os ciclistas.
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Robson Combat
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domingo, 13 de abril de 2014
Pequenas histórias da cidade...
Quando passei a usar bicicleta como meio de transporte diário, a minha relação com a cidade mudou, a percepção de tudo em minha volta se transformou.
Percebi, por exemplo que quem opta (ou não tem opção) por não usar veículo motorizado no dia a dia não tem espaço na cidade.
Mas um conjunto de outras coisas boas aconteceu.
Percebi, por exemplo que quem opta (ou não tem opção) por não usar veículo motorizado no dia a dia não tem espaço na cidade.
Mas um conjunto de outras coisas boas aconteceu.
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Robson Combat
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quinta-feira, 10 de abril de 2014
A melhor maneira de trancar uma bicicleta na rua
Já publiquei um artigo aqui no blog dando dicas de como trancar a bicicleta na rua, veja aqui. É um dos artigos mais acessados do blog.
Decidi fazer um outro pequeno sobre isso, para reavivar o anterior e para ilustrar de forma simples e rápida como prender a sua bicicleta.
A maior motivação é o aumento claro de ciclistas utilizando a bicicleta como meio de transporte diário no deslocamento casa-trabalho, tendo como destino o centro do Rio de Janeiro.
Com o aumento, tenho visto pela cidade muitas bicicletas legais e muito mal trancadas.
Então - além de sugerir que leia o artigo completo - deixo aqui a imagem ilustrando como fazer:
Basicamente a ideia é:
Alguns exemplos de COMO NÃO TRANCAR A BICICLETA:
E algumas dicas de boas maneiras ao trancá-la, afinal não vamos fazer com os outros o que não queremos que façam conosco, não é?
Agradecimento especial à minha mulher, Viviane Miranda, que produziu a arte da bicicleta, a partir de outros modelos que vimos por aí.
Até o próximo...
Decidi fazer um outro pequeno sobre isso, para reavivar o anterior e para ilustrar de forma simples e rápida como prender a sua bicicleta.
A maior motivação é o aumento claro de ciclistas utilizando a bicicleta como meio de transporte diário no deslocamento casa-trabalho, tendo como destino o centro do Rio de Janeiro.
Com o aumento, tenho visto pela cidade muitas bicicletas legais e muito mal trancadas.
Então - além de sugerir que leia o artigo completo - deixo aqui a imagem ilustrando como fazer:
Arte: Viviane Miranda
Basicamente a ideia é:
- Prenda a bicicleta em mais de um ponto, com 2 tipos de tranca distintos (uma rígida e outra flexível)
- Dê preferência a bicicletários em formato de "U" invertido (agora temos vários espalhados pela cidade), pois facilitam que se tranque a bicicleta corretamente
- Se não conseguir bicicletário em "U" invertido, procure pelo menos prendê-la em 2 pontos com 2 tipos de tranca diferente, mesmo que a prenda em um poste
- Conforme a imagem acima, use as trancas de forma que elas prendam as duas rodas e o quadro.
- Se tiver qualquer parte que possua engate rápido (quick release), prenda junto ou leve com você (ou melhor, troque o mecanismo por um fixo!)
- Use trancas de qualidade!
Alguns exemplos de COMO NÃO TRANCAR A BICICLETA:
Tranca frágil e ponto de apoio mais frágil ainda
Idem
Além da tranca frágil, não prendeu as rodas, se o quadro valesse à pena teria sido levado também...
E algumas dicas de boas maneiras ao trancá-la, afinal não vamos fazer com os outros o que não queremos que façam conosco, não é?
Fonte do arquivo: http://www.ta.org.br/educativos/docs/seja_educado_estacionar_bici.pdf
Agradecimento especial à minha mulher, Viviane Miranda, que produziu a arte da bicicleta, a partir de outros modelos que vimos por aí.
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domingo, 6 de abril de 2014
Bicicleta Dobrável FLEE TAKOMA - Avaliação - Review - Teste de curta duração
A série de artigos sobre bikes dobráveis aqui no Blog acabou se mostrando muito mais útil do que imaginava inicialmente e acabou crescendo.
Uma das consequências boas disso foi que eles tem se tornado referência sobre bicicletas dobráveis, e como tal tenho recebido de amigos e empresas a incumbência de avaliar algumas, a fim de testar, passar minhas impressões e por conseguinte, divulgá-las aqui.
Portanto, a partir de agora passarei a divulgar avaliações de bicicletas dobráveis de uma outra forma, além da série "Opinião do dono" crio a série "Testes de curta duração".
Uma das consequências boas disso foi que eles tem se tornado referência sobre bicicletas dobráveis, e como tal tenho recebido de amigos e empresas a incumbência de avaliar algumas, a fim de testar, passar minhas impressões e por conseguinte, divulgá-las aqui.
Portanto, a partir de agora passarei a divulgar avaliações de bicicletas dobráveis de uma outra forma, além da série "Opinião do dono" crio a série "Testes de curta duração".
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quinta-feira, 3 de abril de 2014
Mortes no trânsito são inaceitáveis!
Recebi do amigo Eduardo Bernhardt dois e-mails falando sobre segurança no trânsito e não pude deixar de divulgar e comentar.
Em primeiro lugar porque escrevi há alguns dias um artigo sobre este tema, com muitos números que derrubam o mito de que andar de bicicleta é perigoso, contrariando o "senso comum".
Neste mesmo artigo defendo a tese de que perigosa é a combinação de veículo motorizado+velocidade. Entra naturalmente nesta equação a massa do veículo, o perigo aumenta proporcionalmente ao tamanho.
Em primeiro lugar porque escrevi há alguns dias um artigo sobre este tema, com muitos números que derrubam o mito de que andar de bicicleta é perigoso, contrariando o "senso comum".
Neste mesmo artigo defendo a tese de que perigosa é a combinação de veículo motorizado+velocidade. Entra naturalmente nesta equação a massa do veículo, o perigo aumenta proporcionalmente ao tamanho.
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quarta-feira, 2 de abril de 2014
Aprenda a andar de bicicleta de graça
Mais uma vez venho aqui divulgar a próxima EBA - Escola Bike Anjo, que acontece uma vez por mês.
Como já divulguei antes, aqui no Rio de Janeiro - a partir deste mês - a EBA acontecerá todo PRIMEIRO domingo do mês.
A próxima será então neste domingo, 06/04/2014.
O local é o mesmo de sempre: Praça Luiz de Camões na Glória. Esta é a praça em que fica o Memorial Getúlio Vargas, em frente ao Hotel Glória.
Dá para chegar de carro (sempre tem vaga na praça), ônibus na porta e Metrô (descer na estação Glória), que fica a uns 100 metros da praça.
A partir das 15h para os aprendizes.
Só precisa levar boa vontade e bom humor! Os voluntários levam as bicicletas, mas é claro, se você tem a sua bicicleta e quer aprender nela, pode levar!
Às 14h tem o CUBA, que é o Curso de Formação de Bike Anjos, esta oficina é para orientar os novos Bike Anjos em como auxiliar os aprendizes.
Divulgue, participe!
Até o próximo...
Como já divulguei antes, aqui no Rio de Janeiro - a partir deste mês - a EBA acontecerá todo PRIMEIRO domingo do mês.
A próxima será então neste domingo, 06/04/2014.
O local é o mesmo de sempre: Praça Luiz de Camões na Glória. Esta é a praça em que fica o Memorial Getúlio Vargas, em frente ao Hotel Glória.
Dá para chegar de carro (sempre tem vaga na praça), ônibus na porta e Metrô (descer na estação Glória), que fica a uns 100 metros da praça.
A partir das 15h para os aprendizes.
Só precisa levar boa vontade e bom humor! Os voluntários levam as bicicletas, mas é claro, se você tem a sua bicicleta e quer aprender nela, pode levar!
Às 14h tem o CUBA, que é o Curso de Formação de Bike Anjos, esta oficina é para orientar os novos Bike Anjos em como auxiliar os aprendizes.
Divulgue, participe!
Até o próximo...
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Robson Combat
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domingo, 16 de março de 2014
Andar de bicicleta é perigoso?
Meu filho de 6 anos está numa fase engraçada: quando vê uma coisa que não conhece, causando certo estranhamento, me diz "-pai, com isso eu não posso brincar, porque é perigoso, não é?"
Como é notório aqui, eu uso a bicicleta como meu principal meio de transporte. No início eu era "apenas" uma pessoa que usava a bike, mas com o tempo fui me envolvendo neste mundo e hoje sou um PROMOTOR da bicicleta como uma coisa que pode mudar a vida das pessoas e das cidades.
Isso me faz carregar uma nova responsabilidade: a de garantir que as coisas que falo são fundamentadas. Uma necessidade e uma preocupação.
Para garantir isso eu preciso pesquisar muito, cada artigo que escrevo aqui vem carregado de pesquisa e pesquisa, muito por isso dá tanto trabalho produzi-los.
Há alguns dias fomos contactados pela repórter de um jornal querendo "fazer uma matéria sobre o aumento de acidentes com ciclistas no trânsito, buscando personagens que tenham sofrido acidentes". Esse contato gerou inúmeras pesquisas, tão relevantes que faço questão de dividir com vocês aqui.
Mas isso aconteceu há algum tempo, o que de fato reforçou esta necessidade foi uma "campanha" que propõe chamar atenção sobre como os motoristas "caçam" os ciclistas, exibindo suas "cabeças" como prêmio. Mas a temática é a mesma: "como bicicleta é perigoso!".
Antes de tudo, tenho quase certeza de que a intenção - ingênua deles - é "nobre", chamar a atenção sobre como os ciclistas são desrespeitados e são vítimas no trânsito. Porém, os números mostram exatamente o contrário, por mais que o nosso "senso comum" queira acreditar no contrário!
Você deve estar achando estranho, não é? Então vamos lá:
As primeiras pesquisas mostram que o número de acidentes com ciclistas no trânsito tem DIMINUÍDO, em números absolutos e relativos. Quando encontramos estes números - desconfiados - vamos mergulhando mais para saber se isso é verdade. Aí encontramos dados mais elucidativos ainda: durante a história, em cidades que tiveram aumento do número de ciclistas nas ruas, o número de acidentes de trânsito envolvendo ciclistas diminuiu!
Os dados mostram que a quantidade de acidentes de trânsito envolvendo pessoas em bicicletas é inversamente proporcional à quantidade de ciclistas nas ruas. Em outras palavras: quanto mais pessoas andando de bicicleta, mais seguro é andar de bicicleta.
Por que será, ora bolas?
Isso acontece - entre muitas coisas - principalmente por conta do aumento da visibilidade do ciclista nas ruas, pelo natural aumento da "ocupação das ruas" pelos ciclistas. Mas principalmente porque a velocidade média dos veículos nas ruas diminui absurdamente.
Vamos ver os dados para entender melhor (mas já previno, o artigo está grande, porém acho que está bem maneiro, vale à pena ler!):
Total de viagens de bicicleta POR DIA no Rio de Janeiro (capital):
1994: 77mil
2004: 217mil
2012: 420mil
Um aumento de 445% em 18 anos.
Total de acidentes com morte POR ANO no Rio de Janeiro (capital):
1994: N/A
2000: 1
2001: 3
2002: 6
2003: 9
2004: 21
2005: 21
2006: 33
2007: 20
2012: 20
Cruzando e normalizando os dados (transformando em viagens/acidentes/ano) vejamos isso num gráfico:
Observe que nem é possível PLOTAR ambas as informações no mesmo gráfico, eu criei este formato para que isso ficasse claro.
Observe aqui quem são as principais vítimas do trânsito: as pessoas a pé (pedestres)! E não se faz nenhum alarde sobre isso, devemos nos perguntar por quê?
Devemos também nos perguntar quem mata estes pedestres?
Perceba, cuidado ao analisar os dados: podemos olhar para eles e pensar: "nossa, como é perigoso andar a pé pelas cidades!".
Mas observe que praticamente TODOS os acidentes fatais estão envolvendo veículos motorizados!!!!
Então a leitura correta deveria ser: "nossa, como permitimos que os veículos motorizados matem tantas pessoas e continuamos não fazendo nada?".
Mais: percentuais sobre modais e acidentes os envolvendo:
Observe aqui que a bicicleta é o único modal em que o percentual de acidentes é menor que o percentual de utilização.
Outro gráfico bastante elucidativo e esclarecedor:
Em países com alto nível de uso bicicletas como meio de transporte a tendência do aumento de segurança é clara. Ou seja, quanto mais bicicletas nas ruas, mais seguro é andar de bicicleta.
Complementando com dados sobre fatalidades no trânsito, envolvendo vários modais:
O aumento do uso de bicicleta no trânsito diminui não apenas a fatalidade dos acidentes envolvendo ciclistas, mas outros veículos também. Ou seja, trocando o uso de veículos motorizados por bicicletas, todos ganham.
Mais um que mostra que diminuindo o número de motorizados, diminui-se a fatalidade nos acidentes de trânsito:
Isso nos EUA, para algum "espertinho" que queira dizer, "Ah, mas aqui não é Europa".
Para mim os melhores dados e o melhor gráfico de todos:
Quantidade de uso de bicicletas X índice de fatalidade em acidentes com ciclistas
Com esta visão, fica MUITO claro tudo que eu disse acima: quanto maior o uso de bicicletas e menor o uso de veículos motorizados, menor a taxa de mortalidade em acidentes envolvendo ciclistas.
Mas o mais interessante de tudo: logo abaixo, o percentual de pessoas que usam capacete em cada cidade. Observem que as cidades que tem menos fatalidade são as que os ciclistas MENOS usam capacete!
[...]
Sobre o uso do capacete, vale uma capítulo à parte
Eu estou aqui querendo mostrar - através de números e experiências - que andar de bicicleta não é perigoso, contrariando o "senso comum".
Uma das atitudes que corroboram com a imagem de que andar de bicicleta é perigoso é a força que se dá à necessidade de uso do capacete para "aumentar" a segurança do ciclista no trânsito.
Em primeiro lugar, os dados deste gráfico acima derrubam TOTALMENTE esta teoria.
Em segundo lugar, capacete é usado para SITUAÇÕES E AMBIENTES POTENCIALMENTE PERIGOSOS, como por exemplo:
- competições de motocicleta (e até de bicicleta)
- motociclistas em qualquer ambiente (fragilidade + velocidade)
- competições de carros (hã, competições de carros? como assim, as pessoas andam de carro COM capacete?)
Então, quando se quer dizer que "tem que usar capacete para andar de bicicleta no trânsito" (em que se anda a uma velocidade média de 15Km/h), está se querendo dizer - subliminarmente - que aquilo é perigoso.
Mas não é estranho que andar de carro seja tão perigoso a ponto de os pilotos os usarem, mas não a ponto de os motoristas precisarem usar no trânsito?
Não é estranho nada!
Existem estudos que mostram que o índice de fatalidade com motoristas diminui absurdamente se eles usassem capacete, mas......... já pensou o que seria de nossa sociedade se se descobrisse que andar de carro é tão perigoso que se precisa usar capacete?
Socorro!
A venda de carros, ia cair vertiginosamente!
Então não interessa divulgar esta informação! Vamos ficar quietinhos, né?
Eu imagino as pessoas pensando "nossa, que maluquice!". Eu também acho!
E sabe qual é rebordosa - em nós ciclistas urbanos - desta "crença" de que "ciclista que usa capacete está preocupado com a segurança"? Quem opta por não usar tem de ouvir diariamente frases do tipo:
Um adendo ao artigo: depois de publicar, algumas pessoas me questionaram sobre minhas considerações a respeito do uso do capacete.
Deixe-me corrigir uma impressão que parece ter passado aqui: não estou dizendo que usar capacete não é seguro, nem estou fazendo apologia ao seu não-uso. As considerações acerca do capacete aqui são para chamar atenção sobre a "cultura do medo" e sobre a ideia de que "só quem usa capacete é que se preocupa com a segurança".
Isso é que está sendo questionado aqui, não o seu uso, ok?
Eu uso capacetes em algumas raríssimas ocasiões, na maioria das vezes não uso e acho desnecessário para uso urbano. Uso capacete em crianças bem pequenas, por conta da natural falta de controle motor total.
Ademais, como eu já citei acima, há estudos que mostram que os motoristas deveriam usar capacetes DENTRO dos carros, pois é a velocidade em que andam que torna o locomover perigoso.
Em outras palavras: bicicleta NÃO É PERIGOSO, PERIGOSA É A VELOCIDADE!
[...]
Então , depois de tudo isso, imagino que alguém pense: "Bah, mas você está falando só de números, quero ver ali, no dia a dia se não é perigoso, eu não encaro!".
Vou então citar uma coisa que vivi há alguns anos:
Eu estava viajando e conheci uma moça de Israel. Como todo brasileiro que sabe - através "das notícias" - que "Israel é um lugar que tem homem bomba, tiroteios, guerra, atentados etc." indaguei: "-Nossa, como é viver num lugar tão perigoso?".
Ela me olhou muito assustada e disse: "-Que pergunta estranha, você não vive no Rio de Janeiro"?
Eu desci então de minha soberba e percebi que essa imagem da insegurança e do perigoso é construída de uma forma muito distante da realidade, normalmente através da mídia que só relata o desespero. Ou seja só quem não vive aquela realidade é que acha que ela é perigosa, é a imagem da realidade vista através da tela quadrada.
A moça me disse que o país não é uma guerra, que tem alguns locais e casos isolados de violência, que o povo de Israel mesmo nem sabia desta imagem que a gente tinha de lá. Da mesma forma que eu não sabia que eles tinham a mesma imagem do Rio de Janeiro!
A mídia não "é má", mas quando ela relata alguns casos de acidentes envolvendo bicicleta, quem está apenas olhando, imagina que quem anda de bicicleta no trânsito é um aventureiro-louco-suicida-que-não-merece-mesmo-viver. Mas pensa isso, porque não está ali vivendo a realidade, está vendo uma parte muito muito muito muito pequena dela, só que - como não vê outra - passa a crer que TODA aquela realidade se resume a isso.
Se fosse só a imagem já não seria muito bom, mas sabe qual é a principal rebordosa disso? A atitude das pessoas que acham que viram um programa de televisão e já sabem tudo sobre "os perigos de andar de bicicleta no trânsito". Começam a andar na rua abordando os ciclistas, falando:
Mas sabem quantos recebem estas "informações" e pensam "nossa, eu tenho mesmo que mudar de atitude enquanto motorista, tenho que passar a respeitar os outros, principalmente ciclistas, coitados!"?
Nem eu sei!
Porque eu NUNCA vi esta atitude! Nem conheço quem tenha visto.
Tenho alguns amigos que pedalam e dirigem; já os vi em seus carros falando as frases lá de cima, nunca essa de "mudar de atitude".
Então posso lhes garantir - baseado em percepção, experiência, estudos e pesquisas - que a segurança de todos no trânsito não está no medo e na segregação (porque isso só favorece quem tem interesses escusos), tem que partir para a mudança de comportamento.
Não sabe como começar? Ocupe as ruas, jogue o medo infundado fora, aja, mostre que as nossas ruas não são só das pessoas que estão dentro dos carros!
Os gráficos e muitos dados foram cedidos pela TRANSPORTE ATIVO.
Até o próximo...
Em tempo: mais uma vez eu vou repetir que eu não sou contra os carros e veículos motorizados, eles são muito úteis de fato para muitas coisas. Eu sou contra a forma com que a nossa sociedade se escravizou deles.
Como é notório aqui, eu uso a bicicleta como meu principal meio de transporte. No início eu era "apenas" uma pessoa que usava a bike, mas com o tempo fui me envolvendo neste mundo e hoje sou um PROMOTOR da bicicleta como uma coisa que pode mudar a vida das pessoas e das cidades.
Isso me faz carregar uma nova responsabilidade: a de garantir que as coisas que falo são fundamentadas. Uma necessidade e uma preocupação.
Para garantir isso eu preciso pesquisar muito, cada artigo que escrevo aqui vem carregado de pesquisa e pesquisa, muito por isso dá tanto trabalho produzi-los.
Há alguns dias fomos contactados pela repórter de um jornal querendo "fazer uma matéria sobre o aumento de acidentes com ciclistas no trânsito, buscando personagens que tenham sofrido acidentes". Esse contato gerou inúmeras pesquisas, tão relevantes que faço questão de dividir com vocês aqui.
Mas isso aconteceu há algum tempo, o que de fato reforçou esta necessidade foi uma "campanha" que propõe chamar atenção sobre como os motoristas "caçam" os ciclistas, exibindo suas "cabeças" como prêmio. Mas a temática é a mesma: "como bicicleta é perigoso!".
Antes de tudo, tenho quase certeza de que a intenção - ingênua deles - é "nobre", chamar a atenção sobre como os ciclistas são desrespeitados e são vítimas no trânsito. Porém, os números mostram exatamente o contrário, por mais que o nosso "senso comum" queira acreditar no contrário!
Você deve estar achando estranho, não é? Então vamos lá:
As primeiras pesquisas mostram que o número de acidentes com ciclistas no trânsito tem DIMINUÍDO, em números absolutos e relativos. Quando encontramos estes números - desconfiados - vamos mergulhando mais para saber se isso é verdade. Aí encontramos dados mais elucidativos ainda: durante a história, em cidades que tiveram aumento do número de ciclistas nas ruas, o número de acidentes de trânsito envolvendo ciclistas diminuiu!
Os dados mostram que a quantidade de acidentes de trânsito envolvendo pessoas em bicicletas é inversamente proporcional à quantidade de ciclistas nas ruas. Em outras palavras: quanto mais pessoas andando de bicicleta, mais seguro é andar de bicicleta.
Por que será, ora bolas?
Isso acontece - entre muitas coisas - principalmente por conta do aumento da visibilidade do ciclista nas ruas, pelo natural aumento da "ocupação das ruas" pelos ciclistas. Mas principalmente porque a velocidade média dos veículos nas ruas diminui absurdamente.
Vamos ver os dados para entender melhor (mas já previno, o artigo está grande, porém acho que está bem maneiro, vale à pena ler!):
Total de viagens de bicicleta POR DIA no Rio de Janeiro (capital):
1994: 77mil
2004: 217mil
2012: 420mil
Um aumento de 445% em 18 anos.
Total de acidentes com morte POR ANO no Rio de Janeiro (capital):
1994: N/A
2000: 1
2001: 3
2002: 6
2003: 9
2004: 21
2005: 21
2006: 33
2007: 20
2012: 20
Cruzando e normalizando os dados (transformando em viagens/acidentes/ano) vejamos isso num gráfico:
Clique para ver ampliado
Observe que nem é possível PLOTAR ambas as informações no mesmo gráfico, eu criei este formato para que isso ficasse claro.
Clique para ver ampliado
Observe aqui quem são as principais vítimas do trânsito: as pessoas a pé (pedestres)! E não se faz nenhum alarde sobre isso, devemos nos perguntar por quê?
Devemos também nos perguntar quem mata estes pedestres?
Perceba, cuidado ao analisar os dados: podemos olhar para eles e pensar: "nossa, como é perigoso andar a pé pelas cidades!".
Mas observe que praticamente TODOS os acidentes fatais estão envolvendo veículos motorizados!!!!
Então a leitura correta deveria ser: "nossa, como permitimos que os veículos motorizados matem tantas pessoas e continuamos não fazendo nada?".
Mais: percentuais sobre modais e acidentes os envolvendo:
Clique para ver ampliado
Observe aqui que a bicicleta é o único modal em que o percentual de acidentes é menor que o percentual de utilização.
Outro gráfico bastante elucidativo e esclarecedor:
Clique para ver ampliado
Em países com alto nível de uso bicicletas como meio de transporte a tendência do aumento de segurança é clara. Ou seja, quanto mais bicicletas nas ruas, mais seguro é andar de bicicleta.
Complementando com dados sobre fatalidades no trânsito, envolvendo vários modais:
Clique para ver ampliado
O aumento do uso de bicicleta no trânsito diminui não apenas a fatalidade dos acidentes envolvendo ciclistas, mas outros veículos também. Ou seja, trocando o uso de veículos motorizados por bicicletas, todos ganham.
Mais um que mostra que diminuindo o número de motorizados, diminui-se a fatalidade nos acidentes de trânsito:
Clique para ver ampliado
Isso nos EUA, para algum "espertinho" que queira dizer, "Ah, mas aqui não é Europa".
Para mim os melhores dados e o melhor gráfico de todos:
Quantidade de uso de bicicletas X índice de fatalidade em acidentes com ciclistas
Clique para ver ampliado
Com esta visão, fica MUITO claro tudo que eu disse acima: quanto maior o uso de bicicletas e menor o uso de veículos motorizados, menor a taxa de mortalidade em acidentes envolvendo ciclistas.
Mas o mais interessante de tudo: logo abaixo, o percentual de pessoas que usam capacete em cada cidade. Observem que as cidades que tem menos fatalidade são as que os ciclistas MENOS usam capacete!
[...]
Sobre o uso do capacete, vale uma capítulo à parte
Eu estou aqui querendo mostrar - através de números e experiências - que andar de bicicleta não é perigoso, contrariando o "senso comum".
Uma das atitudes que corroboram com a imagem de que andar de bicicleta é perigoso é a força que se dá à necessidade de uso do capacete para "aumentar" a segurança do ciclista no trânsito.
Em primeiro lugar, os dados deste gráfico acima derrubam TOTALMENTE esta teoria.
Em segundo lugar, capacete é usado para SITUAÇÕES E AMBIENTES POTENCIALMENTE PERIGOSOS, como por exemplo:
- competições de motocicleta (e até de bicicleta)
- motociclistas em qualquer ambiente (fragilidade + velocidade)
- competições de carros (hã, competições de carros? como assim, as pessoas andam de carro COM capacete?)
Então, quando se quer dizer que "tem que usar capacete para andar de bicicleta no trânsito" (em que se anda a uma velocidade média de 15Km/h), está se querendo dizer - subliminarmente - que aquilo é perigoso.
Mas não é estranho que andar de carro seja tão perigoso a ponto de os pilotos os usarem, mas não a ponto de os motoristas precisarem usar no trânsito?
Não é estranho nada!
Existem estudos que mostram que o índice de fatalidade com motoristas diminui absurdamente se eles usassem capacete, mas......... já pensou o que seria de nossa sociedade se se descobrisse que andar de carro é tão perigoso que se precisa usar capacete?
Socorro!
A venda de carros, ia cair vertiginosamente!
Então não interessa divulgar esta informação! Vamos ficar quietinhos, né?
Eu imagino as pessoas pensando "nossa, que maluquice!". Eu também acho!
E sabe qual é rebordosa - em nós ciclistas urbanos - desta "crença" de que "ciclista que usa capacete está preocupado com a segurança"? Quem opta por não usar tem de ouvir diariamente frases do tipo:
- "Viu só, o cara é o maior irresponsável, andando na rua de bicicleta, e ainda por cima SEM capacete. No fundo se um cara destes sofre um acidente não tem como reclamar, não preza pela própria segurança, porque eu vou ter que prezar pela segurança dele". Pois é, não é piada sem graça, eu já ouvi isso algumas vezes. :-(
- "eu vejo esse cara passar por aqui sempre, ele é um ciclista consciente, usa capacete, anda sempre pelo cantinho da rua, não atrapalha nenhum carro"
- "cara, sai da rua, vai pro parque, eu tô aqui trabalhando e você passeando, nem equipamento de segurança usa"
Um adendo ao artigo: depois de publicar, algumas pessoas me questionaram sobre minhas considerações a respeito do uso do capacete.
Deixe-me corrigir uma impressão que parece ter passado aqui: não estou dizendo que usar capacete não é seguro, nem estou fazendo apologia ao seu não-uso. As considerações acerca do capacete aqui são para chamar atenção sobre a "cultura do medo" e sobre a ideia de que "só quem usa capacete é que se preocupa com a segurança".
Isso é que está sendo questionado aqui, não o seu uso, ok?
Eu uso capacetes em algumas raríssimas ocasiões, na maioria das vezes não uso e acho desnecessário para uso urbano. Uso capacete em crianças bem pequenas, por conta da natural falta de controle motor total.
Ademais, como eu já citei acima, há estudos que mostram que os motoristas deveriam usar capacetes DENTRO dos carros, pois é a velocidade em que andam que torna o locomover perigoso.
Em outras palavras: bicicleta NÃO É PERIGOSO, PERIGOSA É A VELOCIDADE!
[...]
Então , depois de tudo isso, imagino que alguém pense: "Bah, mas você está falando só de números, quero ver ali, no dia a dia se não é perigoso, eu não encaro!".
Vou então citar uma coisa que vivi há alguns anos:
Eu estava viajando e conheci uma moça de Israel. Como todo brasileiro que sabe - através "das notícias" - que "Israel é um lugar que tem homem bomba, tiroteios, guerra, atentados etc." indaguei: "-Nossa, como é viver num lugar tão perigoso?".
Ela me olhou muito assustada e disse: "-Que pergunta estranha, você não vive no Rio de Janeiro"?
Eu desci então de minha soberba e percebi que essa imagem da insegurança e do perigoso é construída de uma forma muito distante da realidade, normalmente através da mídia que só relata o desespero. Ou seja só quem não vive aquela realidade é que acha que ela é perigosa, é a imagem da realidade vista através da tela quadrada.
A moça me disse que o país não é uma guerra, que tem alguns locais e casos isolados de violência, que o povo de Israel mesmo nem sabia desta imagem que a gente tinha de lá. Da mesma forma que eu não sabia que eles tinham a mesma imagem do Rio de Janeiro!
A mídia não "é má", mas quando ela relata alguns casos de acidentes envolvendo bicicleta, quem está apenas olhando, imagina que quem anda de bicicleta no trânsito é um aventureiro-louco-suicida-que-não-merece-mesmo-viver. Mas pensa isso, porque não está ali vivendo a realidade, está vendo uma parte muito muito muito muito pequena dela, só que - como não vê outra - passa a crer que TODA aquela realidade se resume a isso.
Se fosse só a imagem já não seria muito bom, mas sabe qual é a principal rebordosa disso? A atitude das pessoas que acham que viram um programa de televisão e já sabem tudo sobre "os perigos de andar de bicicleta no trânsito". Começam a andar na rua abordando os ciclistas, falando:
- "sai daí maluco, quer morrer? vai prá ciclovia! aqui não é lugar de bicicleta!"
- tem os responsáveis: "você é um irresponsável, andando 'no meio' da rua, quer causar um acidente?"
- tem os bonzinhos: "camarada, você é um cara maneiro, sai daí, vão acabar te atropelando!"
- tem os preocupados: "meu amigo, pára com isso, você vai acabar se machucando esse trânsito é muito louco"
- tem os irônicos: "se passar na minha frente me atrapalhando eu passo por cima"
- tem os legalistas: "cara, vai ler o código de trânsito, lugar de bicicleta é na calçada" (não é piada, aconteceu comigo...)
- tem de tudo, vocês nem imaginam!
Mas sabem quantos recebem estas "informações" e pensam "nossa, eu tenho mesmo que mudar de atitude enquanto motorista, tenho que passar a respeitar os outros, principalmente ciclistas, coitados!"?
Nem eu sei!
Porque eu NUNCA vi esta atitude! Nem conheço quem tenha visto.
Tenho alguns amigos que pedalam e dirigem; já os vi em seus carros falando as frases lá de cima, nunca essa de "mudar de atitude".
Então posso lhes garantir - baseado em percepção, experiência, estudos e pesquisas - que a segurança de todos no trânsito não está no medo e na segregação (porque isso só favorece quem tem interesses escusos), tem que partir para a mudança de comportamento.
Não sabe como começar? Ocupe as ruas, jogue o medo infundado fora, aja, mostre que as nossas ruas não são só das pessoas que estão dentro dos carros!
Os gráficos e muitos dados foram cedidos pela TRANSPORTE ATIVO.
Até o próximo...
Em tempo: mais uma vez eu vou repetir que eu não sou contra os carros e veículos motorizados, eles são muito úteis de fato para muitas coisas. Eu sou contra a forma com que a nossa sociedade se escravizou deles.
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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Pesquisa Nacional de Avaliação da Ciclabilidade
O amigo Yuriê, de Brasília está cursando o mestrado no Programa de Engenharia Urbana da Universidade Federal de São Carlos.
Provavelmente você já ouviu falar dele, mas não sabe: foi ele que fez a avaliação da bicicleta TAEQ publicada aqui no Blog.
Como parte do mestrado, ele está realizando uma pesquisa para avaliar a Ciclabilidade das cidades brasileiras, ou o quanto as cidades são amigas da bicicleta.
Os resultados colhidos na pesquisa irão contribuir para traçar um diagnóstico da Ciclabilidade no Brasil e subsidiarão políticas públicas voltadas para o uso da bicicleta como modo de transporte.
Eu já respondi.
A data limite para responde-la é sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014.
Embora em cima da hora, criei este post aqui para ajudá-lo, divulgando a pesquisa, de forma que você leitor também possa ajudar todos nós na busca de cidades mais amigas das bicicletas. A pesquisa é anônima, você não precisa se identificar.
Para responder basta clicar no link: http://www.ciclabilidade.ufscar.br
Todos nós agradecemos!
Até o próximo...
Provavelmente você já ouviu falar dele, mas não sabe: foi ele que fez a avaliação da bicicleta TAEQ publicada aqui no Blog.
Como parte do mestrado, ele está realizando uma pesquisa para avaliar a Ciclabilidade das cidades brasileiras, ou o quanto as cidades são amigas da bicicleta.
Os resultados colhidos na pesquisa irão contribuir para traçar um diagnóstico da Ciclabilidade no Brasil e subsidiarão políticas públicas voltadas para o uso da bicicleta como modo de transporte.
Eu já respondi.
A data limite para responde-la é sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014.
Embora em cima da hora, criei este post aqui para ajudá-lo, divulgando a pesquisa, de forma que você leitor também possa ajudar todos nós na busca de cidades mais amigas das bicicletas. A pesquisa é anônima, você não precisa se identificar.
Para responder basta clicar no link: http://www.ciclabilidade.ufscar.br
Todos nós agradecemos!
Até o próximo...
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Robson Combat
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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Como aprender a andar de bicicleta?
Neste fim de semana!
Por incrível que pareça tem muita gente que tem vergonha de admitir que não sabe andar de bicicleta.
Mas eu vou lhes dizer: não faz o menor sentido, o que não falta é gente querendo ajudar!
Para endossar isso, indico a quem quer aprender a EBA (Escola Bike Anjo), que acontece mensalmente em várias cidades do país. Aqui no Rio de Janeiro começou no mês passado.
A EBA é uma escola GRATUITA para pessoas que querem aprender a andar de bicicleta. É um trabalho voluntário dos Bike Anjos e quem quer aprender só precisa levar bom humor e boa vontade.
As bicicletas são oferecidas pelos próprios voluntários.
A EBA acontece uma vez por mês, normalmente no último domingo do mês, mas no caso do Rio - a partir de Abril, para não coincidir com outros eventos - acontecerá sempre no primeiro domingo do mês. Porém esta ainda acontecerá neste domingo.
Portanto, está confirmada a próxima EBA no Rio de Janeiro no próximo domingo 23/02/2014. Detalhes abaixo:
EBA (Escola Bike Anjo) - Ensinar a andar de bicicleta
Quando: Domingo, 23/02/2014, a partir das 15h
Onde: Praça Luiz de Camões, Glória (Praça em frente ao Hotel Glória)
O que levar: Boa vontade e bom humor.
Idade: A partir de 10 anos.
Divulgue, participe, transforme-se! Até lá!
Mais informações sobre o projeto Bike Anjo em www.bikeanjo.com.br.
Até o próximo...
Por incrível que pareça tem muita gente que tem vergonha de admitir que não sabe andar de bicicleta.
Mas eu vou lhes dizer: não faz o menor sentido, o que não falta é gente querendo ajudar!
Para endossar isso, indico a quem quer aprender a EBA (Escola Bike Anjo), que acontece mensalmente em várias cidades do país. Aqui no Rio de Janeiro começou no mês passado.
A EBA é uma escola GRATUITA para pessoas que querem aprender a andar de bicicleta. É um trabalho voluntário dos Bike Anjos e quem quer aprender só precisa levar bom humor e boa vontade.
As bicicletas são oferecidas pelos próprios voluntários.
A EBA acontece uma vez por mês, normalmente no último domingo do mês, mas no caso do Rio - a partir de Abril, para não coincidir com outros eventos - acontecerá sempre no primeiro domingo do mês. Porém esta ainda acontecerá neste domingo.
Portanto, está confirmada a próxima EBA no Rio de Janeiro no próximo domingo 23/02/2014. Detalhes abaixo:
EBA (Escola Bike Anjo) - Ensinar a andar de bicicleta
Quando: Domingo, 23/02/2014, a partir das 15h
Onde: Praça Luiz de Camões, Glória (Praça em frente ao Hotel Glória)
O que levar: Boa vontade e bom humor.
Idade: A partir de 10 anos.
Divulgue, participe, transforme-se! Até lá!
Mais informações sobre o projeto Bike Anjo em www.bikeanjo.com.br.
Até o próximo...
Postado por
Robson Combat
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
III Fórum Mundial da Bicicleta
Em cima da hora, mas valendo!
Vai acontecer em Curitiba/PR nos próximos dias 13, 14, 15 e 16 de fevereiro (2014) o III Fórum Mundial da Bicicleta. Um encontro de um monte de gente relacionada à Bicicleta de muitas formas, sobretudo como meio de transporte.
Eu estarei lá, como Bike Anjo, como Membro da Transporte Ativo, trocando, aprendendo, ajudando. É um momento especial onde muita gente que trabalha em prol da bicicleta vai se encontrar, planejar, propor e projetar.
Participarei do Stand da Transporte Ativo e da Mesa "Conheça o projeto Ciclo Rotas Centro (RJ): Planejamento feito por ciclistas para ciclistas". A atividade será realizada no formato de mesa-redonda no Anfiteatro 100 da Reitoria da UFPR (Rua XV de Novembro, 1299, Curitiba), no dia 15/2 às 13h30.
Detalhes sobre a Mesa: "Conheça o projeto Ciclo Rotas Centro (RJ): Planejamento feito por ciclistas para ciclistas"
Participantes:
- Clarisse Linke
Diretora do ITDP Brasil, é mestre em Políticas Sociais, ONGs e Desenvolvimento pela London School of Economics and Political Science e pós graduada em Terceiro Setor pelo Instituto de Economia da UFRJ.
- Zé Lobo
Presidente da ONG Transporte Ativo, membro do Grupo de Planejamento Cicloviário da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro desde 2003, do Grupo de Trabalho Bicicletas da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público) e membro do Conselho de Transportes da Cidade do Rio de Janeiro.
- Robson Combat
Membro colaborador da Transporte Ativo, mantém o Blog "A Vida de Bicicleta.com". Foi um dos primeiros voluntários do projeto Bike Anjo no RJ e coordenou o projeto nos primeiros meses, além de participar de várias outras ações de promoção ao uso da bicicleta no Rio de Janeiro.
Mais sobre o evento: http://forummundialdabici.org/
Se puder ir, bem vindo, se puder divulgar, bem vindo!
Até o próximo...
Vai acontecer em Curitiba/PR nos próximos dias 13, 14, 15 e 16 de fevereiro (2014) o III Fórum Mundial da Bicicleta. Um encontro de um monte de gente relacionada à Bicicleta de muitas formas, sobretudo como meio de transporte.
Eu estarei lá, como Bike Anjo, como Membro da Transporte Ativo, trocando, aprendendo, ajudando. É um momento especial onde muita gente que trabalha em prol da bicicleta vai se encontrar, planejar, propor e projetar.
Participarei do Stand da Transporte Ativo e da Mesa "Conheça o projeto Ciclo Rotas Centro (RJ): Planejamento feito por ciclistas para ciclistas". A atividade será realizada no formato de mesa-redonda no Anfiteatro 100 da Reitoria da UFPR (Rua XV de Novembro, 1299, Curitiba), no dia 15/2 às 13h30.
Detalhes sobre a Mesa: "Conheça o projeto Ciclo Rotas Centro (RJ): Planejamento feito por ciclistas para ciclistas"
Participantes:
- Clarisse Linke
Diretora do ITDP Brasil, é mestre em Políticas Sociais, ONGs e Desenvolvimento pela London School of Economics and Political Science e pós graduada em Terceiro Setor pelo Instituto de Economia da UFRJ.
- Zé Lobo
Presidente da ONG Transporte Ativo, membro do Grupo de Planejamento Cicloviário da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro desde 2003, do Grupo de Trabalho Bicicletas da ANTP (Associação Nacional de Transporte Público) e membro do Conselho de Transportes da Cidade do Rio de Janeiro.
- Robson Combat
Membro colaborador da Transporte Ativo, mantém o Blog "A Vida de Bicicleta.com". Foi um dos primeiros voluntários do projeto Bike Anjo no RJ e coordenou o projeto nos primeiros meses, além de participar de várias outras ações de promoção ao uso da bicicleta no Rio de Janeiro.
Mais sobre o evento: http://forummundialdabici.org/
Se puder ir, bem vindo, se puder divulgar, bem vindo!
Até o próximo...
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Robson Combat
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