sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz ano novo!

Este ano de 2011 foi peculiar: grandes e radicais mudanças. Aqui vou resumir ao meu ano ciclístico.

No primeiro dia de 2011 eu estava pedalando na estrada, na chuva, solitário, mas feliz. Sem ter a menor noção do ano que me esperava.

Consegui realizar muitas coisas e ajudar alguns; contribuí um pouquinho para o mundo melhorar. Conheci pessoas ótimas.

No decorrer do ano, um pequeno acidente me fez machucar muito o joelho e ter que me afastar das bicicletas e de muitas atividades por alguns meses.
Como desafio, prometi a mim mesmo que superaria o joelho em grande estilo: encararia um AUDAX de 200Km.

Superá-lo foi uma conquista que me fez ver como somos capazes de ultrapassar limites que nós mesmos colocamos.
Me fez ver que somos capazes de fazer muito mais do que imaginamos!

Este pequeno post é apenas uma mensagem de final de ano:

Desafie-se!
Supere-se!
Quebre os paradigmas que você criou e os que os outros criaram para você!
Tire do seu vocabulário a frase "eu não consigo, eu sou assim mesmo".

Que os anos venham com gosto de vitória!


Feliz ano novo!

Até o próximo...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cidade para pessoas - E a CET de São Paulo

Eu demorei um tempo para entender de fato o que quer dizer isso - cidade para pessoas.

Depois de compreendido, custo a entender o contrário: por que continuamos fazendo cidades para as máquinas?

Há um link para um artigo aqui na seção de notícias que deve ser lido, sobre como os carros dominam nossas vidas.

Antes de conceber as cidades para as pessoas, eu reclamava que o governo "não aumentava as ruas para os carros passarem". Eu estava tão envolvido nesse mundo que não conseguia compreender uma expressão tão simples:

Cidades para pessoas.

Foto publicada no G1
...
Eu trabalho com tecnologia.
Sempre fui considerado diferente porque concebo que tudo que o ser humano produz tem como objetivo final melhorar a vida das pessoas.
Quando concebemos uma nova tecnologia, um novo sistema de computador ou uma nova máquina, temos - no fundo - objetivo de melhorar a vida das pessoas.
Mas isso não é tão óbvio. E tem muita gente que pensa diferente: que as máquinas são mais importantes.

Poucos são os seres humanos em situação de poder que concebem que as pessoas são mais importantes que os carros, por exemplo.
...
A direção da CET de São Paulo tomou uma atitude nos últimos dias: abriu Av. Paulista para os pedestres que ali estavam admirando a decoração de natal, garantindo a segurança deles.
Para tanto, desviou o fluxo dos carros para as ruas adjacentes. Em pouco tempo a rua estava tomada de pessoas.

Por incrível que pareça, o ministério público quer multar a CET por ter FECHADO A AV. PAULISTA.

Então pergunto: A cidade é feita para quem? Ou devo perguntar: Para o quê?
E mais: a CET FECHOU ou ABRIU a Av. Paulista?

Bem, na verdade este artigo foi escrito pela indignação e para divulgar outro, do companheiro Willian Cruz: CET pode ser punida por abrir a Av. Paulista para as pessoas. Não deixe de ler!

Até o próximo...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Feliz natal!

Essa eu não podia deixar passar em branco!


Um singelo, saudável e feliz natal!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Panfletagem em Laranjeiras - Material educacional para pedestres, ciclistas e motoristas

Estamos fazendo nossa parte para pedir a criação de uma estrutura cicloviária em Laranjeiras.

Já fizemos um passeio ciclístico, uma contagem de ciclistas realizada pela Transporte Ativo.


Como parte das ações em prol da criação desta infra estrutura, foi feita uma panfletagem na esquina da Rua das Laranjeiras com General Glicério para conscientizar motoristas, pedestres e ciclistas da importância do respeito mútuo no trânsito, em todos os espaços públicos.

Foi desenvovido um material educacional para distribuir à pedestres, ciclistas e motoristas. O material foi aprovado pela Transporte Ativo.


Foram distribuídos mais de 5 mil panfletos educativos e foram recolhidas 103 assinaturas
pedindo a criação de infra estrutura cicloviária na região.


Bem, este post foi para registrar. Parabéns a todos que participaram!

Até o próximo...

Acessórios e componentes para bicicleta urbana - Parte 1

Este artigo segue em complemento direto a outros dois que escrevi sobre bicicletas urbanas:

Caloi e Soul lançam bikes dobráveis
Lançada bicicleta TAEQ

Ele é o primeiro de uma série de "artigos utilitários" que pretendo escrever sobre a bicicleta na prática. De quem usa para quem usa. E sai em resposta a muitas pessoas que me perguntam: "afinal, o que é uma bicicleta urbana?"

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Confraternização de ciclistas em Laranjeiras - Uma ação pró ciclovia

Há alguns meses fizemos um passeio ciclístico em Laranjeiras (veja aqui). A ideia era chamar a atenção sobre a necessidade de uma infra-estrutura cicloviária na região, totalmente carente disso.

Foi organizado pela Bel e Maysa Blay do site Bairro das Laranjeiras e foi um sucesso!

Muita gente está trabalhando para isso, a garotada de algumas escolas da região fez um projeto de ciclovias, que foi levado à prefeitura, que está estudando a viabilidade do projeto.

A ONG Transporte Ativo - sempre presente - contribuiu , entre tantas outras coisas, fazendo uma contagem de ciclistas por lá.

Nós - junto à turma do Passeio Completo - estamos planejando uma rotina mensal de passeios como este para continuar chamando atenção.

Pois é, a Bel não pára e o trabalho continua!
No próximo sábado tem uma confraternização de ciclistas lá na esquina da Rua das Laranjeiras e General Glicério. Será uma ação pró-educação para motoristas e ciclistas com distribuição de material educativo para todos.


Eu vou estar lá!

Vá também fazer coro para melhorar nossa cidade, nem que seja apenas para "dar uma passadinha" e pegar material de divulgação! Mesmo se não puder ir, ajude a divulgar! Vamos ajudar a criar esta estrutura lá em Laranjeiras!

Até o próximo...

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Audiência com o Atropelador de Ciclistas de POA - Ricardo Neis

Bem, isso nunca poderá cair no esquecimento e a gente tem que fazer o que puder para isso.

Se você ainda não sabe, em 25 de fevereiro deste ano, acontecia um passeio de bicicletas - que ocorre toda última sexta-feira do mês em várias cidades do mundo, inclusive aqui no Rio, chamado bicicletada - com muitos participantes, inclusive crianças.

O passeio sai por volta das 19:00h e circula pelas ruas da cidade.

Neste dia, um senhor que estava de carro atrás do grupo, por algum motivo torpe decidiu que aquelas bicicletas ali o estavam atrapalhando e dedidiu - simplesmente passar por cima delas.

Isso mesmo! Atropelou - a sangue frio - todos que estavam na sua frente, passando por cima de pelo menos 17 pessoas.

Parece tão surreal que tive que grifar para você saber que não é engano. Veja com seus próprios olhos:


Hoje especificamente volto aqui para falar disso porque haverá uma audiência com este senhor na próxima Sexta-feira, 2 de dezembro de 2011, às 9h30, no fórum de Porto Alegre.

E a divulgação é importante, porque não poderei estar lá, mas se você puder vá, ou divulgue. Enfim, faça barulho também para não deixar isso cair no esquecimento!

Veja mais detalhes lá no Blog Vá de Bike.

Até o próximo...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Como funciona o Bike Rio - Sistema de aluguel de bicicletas públicas no Rio de Janeiro

Você já ouviu falar disso, né? Se não sabe o que é, dá uma olhada aqui: Samba, o sistema de aluguel de bicicletas Bike Rio

Eu vou deixar claro: estou aqui para defender a ideia! Porque a gente quer mesmo é que as bicicletas invadam as cidades!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sobre a ciclofaixa em Moema/SP

Para quem não sabe, São Paulo ainda está longe de ser uma cidade amiga do ciclista. Mas existem várias pequenas ações de várias fontes tentando fazer alguma coisa para isso mudar.
De um modo geral, estas ações - assim como andam as bikes - tem resultado lento e ainda é preciso muita coisa para melhorar.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mais um ciclista atropelado por carro no RJ, em um evento que promove as bicicletas!

O fim de semana prometia ser leve e de comemoração, porque recebemos a notícia de que o financiamento para o projeto Bike Anjo foi alcançado.

Mas acordei no sábado com uma notícia estarrecedora: um motorista jogou o carro em cima de um amigo (também voluntário do projeto Bike Anjo) na bicicletada da última sexta-feira (no rodapé deste artigo tem informações sobre a bicicletada).

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Apoie o Projeto Bike Anjo, só temos 2 dias!

Tem uma página específica para o apoio a este projeto aqui no Blog.

Mas este post é para reforçar o pedido.

Os projetos do catarse funcionam assim: Há um prazo limite e um valor mínimo a arrecadar. Caso não se consiga atingir este valor mínimo no tempo estipulado, o projeto é dado com "sem sucesso" e não é financiado.
Quando um projeto não é financiado, ele não recebe verba alguma, ou seja, o dinheiro é devolvido a quem contribuiu!
Por isso estamos fazendo tanto barulho nestes últimos dias, porque falta menos de 2000 reais a serem arrecadados em apenas 2 dias.

Assim pedimos sua ajuda, com 10 reais você já contribui, e a partir de 20 você recebe um brinde.

Veja detalhes em http://bit.ly/apoiebikeanjo.

Todos nós agradecemos!

Até o próximo...

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O treino pro AUDAX: lições aprendidas

Para entender
Se você não sabe o que é ou nunca ouviu falar do AUDAX, dá uma olhada aqui e aqui . Não deixe também de ver o Blog do AUDAX RIO.

Como tudo começou
No início do ano eu tinha começado a treinar para participar de competições de ciclismo (speed). Esfriei um pouco por conta de algumas mudanças na vida, mas em março/abril tentei voltar à ativa. Nesta tentativa, um tombo com a Judith me fez romper um ligamento do joelho e ter que parar. Na época achei que teria que parar "de abusar".

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Lançada bicicleta TAEQ

Há algum tempo eu escrevi um artigo sobre o lançamento de bicicletas dobráveis pela Caloi e Soul.
Neste artigo eu defendo a tese de que este lançamento confirma uma tendência: bicicletas urbanas.
Para endossá-la, este é um dos artigos mais lidos aqui!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Transporte Ativo ministra oficina de bicicletas para os Bike Anjos

Este post é para divulgar - atrasadamente - uma ação conjunta entre os Bike Anjos do Rio do Rio e a Transporte ativo (T.A.).

Zé Lobo, um oráculo sobre rodas, da T.A., ministrou uma oficina sobre manutenção básica de bicicletas aos Bike Anjos do Rio. A ação foi voluntária e foi divulgada lá no Blog da T.A.

Eu estava lá e posso dizer: valeu muito! E olha que eu tenho alguma noção de mecânica de bicicletas! Mas perto do Zé Lobo, tudo é aprendizado.

Como contribuição do Renato Maia, abaixo listo os itens que foram abordados:

Folgas
       - Caixa de direção
       - Movimento central
       - Pedivela
       - Pedais
       - Cubos
       - Fixação dos freios

Alinhamento
       - Cubos nas gancheiras
       - Fixação dos freios em relação à roda
       - Sapata de freio no aro da roda
       - Desempeno do aro

Regulagem
       - Abertura dos freios
       - Movimento dos braços dos freios
       - Limite máximo e mínimo dos câmbios (traseiro e dianteiro)
       - Tensão dos cabos de câmbio

Consertos
       - Juntar corrente partida
       - Trocar de câmara de ar
       - Remendar câmara de ar furada
       - Desentortar aro em emergências

Agradecemos muito à T.A. e ao Zé Lobo, sempre disponíveis a ajudar em tudo que precisamos!

Até o próximo...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Você ouviu falar do BiciRio?

Aconteceu aqui no Rio de Janeiro (de 25/09 a 27/09) o BiciRio (Fórum Internacional da Mobilidade por Bicicleta).

O objetivo principal foi discutir a Mobilidade Urbana com o foco na bicicleta. E a prefeitura tem um interesse específico, que é garantir suas ações em torno da sustentabilidade, buscando atingir metas de diminuição da produção de carbono para os próximos eventos esportivos de 2014 e 2016.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Por falar em Dia Mundial sem Carro: um pouco de atitudes sustentáveis

Já que estamos na semana da mobilidade e do Dia Mundial sem Carro - e isso tem muito a ver com sustentabilidade, abaixo reproduzo parte da matéria sobre "Ações Sustentáveis no Ambiente de Trabalho", publicada no caderno Boa Chance, do Jornal O Globo, no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 2010.


A matéria completa, em pdf: O globo profissionais sustentáveis.

Até o próximo...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

22 de setembro: dia mundial sem carro

Gente, tá todo mundo falando disso.
As pessoas que estão naturalmente envolvidas com as bicicletas no dia a dia já sabem o que este dia representa, mas muita gente ainda não sabe.
(Imagem retirada de http://www.ping.blog.br/dia-mundial-sem-carro/)

Amanhã, dia 22 de setembro é o dia mundial sem carro. Mas o que é e o que representa isso?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O primeiro Bike Anjo (Parte 2 - final)

Para quem não sabe, este post é a continuação do relato do primeiro Bike Anjo que fiz aqui no rio).

Depois de toda a orientação teórica inicial, partimos para o pedal. A Mariana estava ansiosa, apreensiva e animada, pois há muito não pedalava e se sentia muito insegura de fazê-lo. Ela tinha seus motivos que não cabe narrar aqui; o fato é que ela precisava desta ajuda.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Para quem não foi...

Amigos, eu fiz bastante barulho para o passeio de 7 de setembro lá em laranjeiras (detalhes do passeio).

A ideia principal era chamar a atenção das pessoas e das autoridades sobre a necessidade de uma estrutura cicloviária na região. Teve gente que chegou a comentar que era uma ação pequena e isolada e que provavelmente não surtiria efeito. Minha visão é diferente: a quantidade de pessoas que estavam lá serve para comprovar que há muita gente interessada nisso. A ação em si serve para MUITA GENTE ver que a bicicleta está cada vez mais inserida em nossa vida, na cidade, no trânsito.

O passeio foi um sucesso!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Estrutura ciclística em Laranjeiras - Um passeio para ajudar

Amigos,
Laranjeiras é um bairro peculiar que passei a conhecer melhor há pouco tempo. E gosto muito!
Não sei se conheço tanto a ponto de narrar suas melhores características, mas posso sugerir o site bairrodaslaranjeiras.com.br para que vejam muitos detalhes.

Bem estou escrevendo sobre o bairro aqui, porque uma das características de lá é a falta de estrutura ciclística. E tem muita gente de lá preocupada com isso, tentando fazer o que pode para que a prefeitura se mobilize, pois neste quesito, a ação dela é fundamental.

Uma das outras ações acontece amanhã, o projeto "Convivência Verde", promovido pelo pessoal do site acima, com apoio de moradores, cicloativistas, lojistas da região, eu e você:



Começa com um passeio ciclístico, saindo do Largo do Machado chegando no Cosme Velho, a concentração é às 09:00 e a saída às 09:30.

Presenças confirmadas:

  • Cyclophônica
  • Passeio completo
  • Bike Anjos
  • VeliMobi
  • Você e sua bike
Aqui eu estou para divulgar e convidar, vejam detalhes lá no bairrodaslaranjeiras.com.br.

Até lá...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

De carro no dia a dia?

Eu sempre tive carro.
Alguns eram verdadeiras "máquinas".
Na verdade, nós homens, latinos, somos mesmo criados para ver nos carros grandes representações de status e poder. Na adolescência e no início da fase adulta o carro é quase a expressão de nossas personalidades.
Quanta bobagem!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Uma história emocionante

Quando comecei a blogar, passei a frequentar blogs de outros colegas. Vi que há muito coisa maluca por aí, mas tem muita coisa boa, que gente comum, como eu e você escreve e mostra um mundo muito mais legal do que imaginamos.

Este post aqui sai diferente dos outros: é uma citação e referência a uma história que me comoveu, lida num blog de um colega bicicleteiro. Sobre determinação, sobre bicicleta, sobre amor, sobre simplicidade.

Não deixe de ler:

Uma bicicleta uma meta e muita determinação

Até o próximo...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Passeio de bicicleta em 7 de setembro

Amigos,

A Bel faz um super trabalho em Laranjeiras e Cosme Velho no Rio de Janeiro (bairrodaslaranjeiras.com.br). Tem um link para o site aqui no Blog, na seção "Links recomendados".
Ela me procurou no domingo pedindo ajuda para um projeto de incentivo do uso de bikes lá no bairro, contribuindo para um estudo em que seja possível viabilizar a construção de vias para bicicletas lá.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O primeiro Bike Anjo (Parte 1)

Amigos, este é mais um relato. Desta vez é sobre a minha experiência fazendo o primeiro "Bike Anjo" aqui no Rio.
Espero que ele seja útil a todos que pensam em ser ajudados, espero também que sirva para as pessoas entenderem melhor o que é o projeto.
Será uma honra se servir de exemplo aos Bike Anjos iniciantes.

O pedido
Recebemos aqui no Rio - através do JP (Bike Anjo de Sampa) - um pedido de ajuda para pedalar, era a Mariana, ela desejava se deslocar diariamente de casa para a faculdade.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Bike Anjo no Globo Zona Sul

Amigos, tem muita coisa acontecendo e não estou conseguindo postar os artigos prometidos ainda. Tem gente me cobrando, peço desculpas, mas em breve volto com a corda toda.
...
Bem, por hora vou divulgar a matéria que saiu hoje no Globo Zona Sul (jornal de bairro que sai anexo ao Globo na Zona Sul do Rio) sobre o projeto Bike Anjo aqui do Rio de Janeiro. Fomos entrevistados eu e Rafael Pereira.

A matéria ficou bem legal, a Cibelle conseguiu captar bem o clima e contexto do projeto. No jornal em papel a matéria completa com o relato do Bike Anjo que fiz com a Cibelle. Na Web uma parte da matéria, completa apenas para assinantes. Por outro lado, um pequeno vídeo.

Veja a matéria aqui: Como pedalar sem medo

Até o próximo...

Caloi e Soul lançam bikes dobráveis!

Caloi e Soul Cycles lançam bicicletas dobráveis e isso chega como uma ótima notícia para nós cicloativistas!

Caloi dobrável (Caloi Urbe)

Soul dobrável (D70)

(Esta é a minha, uma Durban)

A ideia aqui não é fazer propaganda das empresas, mas chamar a atenção para o que comprova uma tendência: bicicletas urbanas.
E isso é uma ótima notícia!
Sabe o que isso significa na prática? Sucesso!
Em outras palavras: cada vez mais as bicicletas estão sendo utilizadas como meio de transporte urbano no Brasil, mercado quase totalmente tomado por venda de bicicletas para lazer.

As bicicletas urbanas possuem características especiais, diferentes de bicicletas para lazer e esporte, basicamente o que as diferenciam é a existência de componentes funcionais, como pára-lamas, bagageiro e itens de segurança, como luzes, retrovisores e campainhas.

Para se ter uma ideia de importância deste segmento começar a tomar força no Brasil: hoje é tão difícil encontrar um pára-lamas que funcione de verdade que quase sempre temos que importar ou improvisar.

As dobráveis são essencialmente urbanas, pois, além de possuírem em sua grande maioria estes componentes funcionais e de segurança, tem a vantagem da mobilidade. Ou seja, é possível combinar a pedalada com outro modal, como ônibus, trem, metrô ou barca.

Dobráveis e urbanas, sejam bem vindas. E venham para ficar!

Até o próximo...

Depois que artigo estava pronto o Willian Cruz, do Blog Vá de Bike, vez um ótimo artigo/vídeo sobre as dobráveis, que tira muitas dúvidas sobre elas. É tão bom que cito aqui, não deixe de ver: As diferenças de uma bicicleta dobrável.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ciclista na Via - Adesivo da prefeitura de Sampa

Ainda bem que o mundo não é maniqueísta! Os governos e prefeituras fazem muita coisa ruim, mas algumas ações são legais.
A prefeitura de São Paulo parece estar de fato criando ações para melhorar o uso da bicicleta no trânsito. O ponto em questão não é se é a melhor forma ou não, mas o fato de estarem criando ações reais para isso.

Reproduzo o adesivo abaixo, divulgado no twitter pela companheira @pedaline.


O que é bom vale a pena divulgar, vale a pena reproduzir!

Até o próximo...

Escolha o seu modal

Essa estou reproduzindo, foi enviada pelo Diego Aguiar via Twitter:

Até o próximo...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Entrevista para o Globo Zona Sul (2)

O post anterior já tinha saído do forno, logo depois o Rafael Pereira enviou ao grupo o seu relato.
Bem, com a devida aprovação dele eu o reproduzo abaixo:
...
Meu dia começou cedo e fui pedalar para o Leblon, mais precisamente para a academia da praia no posto 12, onde foi combinado o encontro com a Cibelle (repórter do Jornal de Bairros do Globo Zona Sul). Logo o Robson Combat chegou e entrou em contato com a Cibelle. A ideia era tratar ela como uma pessoa que tivesse pedido o auxilio de um Bike Anjo, além de passar pra ela um pouco da história do movimento. Sentamos e conversamos. Ela ia perguntando e eu e Robson complementando as nossas próprias respostas. A conversa fluiu muito bem, fiquei bem satisfeito com o resultado (parcial) da entrevista. Digo parcial pois a matéria não saiu né!

Enquanto conversávamos, o fotógrafo da Cibelle estava preso em um engarrafamento no Túnel Rebouças. A hora passou rápido. A conversa fluía bem. E o fotógrafo preso no Rebouças ainda. Eis que surge Renato mais em sua fixa indo para o trabalho. Apareceu numa das fotos, conversou um pouco e se mandou, porque alguém tem que trabalhar né?

Como ela tinha uma outra entrevista não pudemos esperar mais, nosso querido Combat levou a Cibelle para dar uma volta no quarteirão e eu ... fui de fotógrafo, aproveitando que tinha levado uma máquina para fazer umas imagens do encontro. Como as bikes que a Cibelle tinha estavam paradas há muito tempo, ela apareceu por lá sem nenhuma. Então emprestei a minha para ela vivenciar o que é ser anjada. Apesar de rápida a pedalada, tiveram alguns pontos bem interessantes. Durante o trajeto, que foi saindo da R. Rita Ludolf/ Av Ataufo de Paiva/ R. Aristides Espínola, Combat e Cibelle pegaram algumas coisas interessantes. Uma rua estreita, sinal fechado, um pedestre atravessando em sinal verde para os veículos, uma rua de grande movimentação, e um veiculo com pressa querendo passar. Foram situações interessantes em que o Combat pode explicar como proceder em cada uma delas. 

Voltando ao ponto de encontro, já nos despedindo o fotógrafo, Guilherme se não me falha a memória, surge das cinzas para salvar com algumas fotos. Fizemos umas poses e pronto. Nos despedindo oficialmente Cibelle comenta que pedalou com o Comabt e ele de cara "Pooooooo queria fazer isso tb, como que eu faço?". 

Voltamos pela orla, eu e Combat, batendo papo falando do movimento em si. Enfim, acho que foi isso.

Combat, se eu esqueci de algo complementa aí.
...
Rafael, obrigado! Tá tão bom que não tem mais nada a complementar, a não ser as fotos:

Zózimo Barrozo (a estátua), Rafael, Renato e Robson

Robson, passando as orientações iniciais à Cibelle

Até o próximo...

Entrevista para o Globo Zona Sul

Amigos, o projeto Bike Anjo tá bombando mesmo! Hoje tivemos mais uma entrevista sobre o projeto, desta vez para o Jornal de Bairros do Globo, especificamente para o Globo Zona Sul.

Eu e Rafael Pereira (o mesmo que citei em outro post) fomos entrevistados. Além de falarmos sobre o projeto, demos uma orientação prática à Cibele que nos entrevistou, levando-a para pedalar pelas ruas do Bairro, dando dicas de como se portar no trânsito.
Foi muito bom, o fotógrafo se animou e disse que vai pedir ajuda também! Sejam bem vindos! Quanto mais ciclistas nas ruas, mas seguro se torna o pedalar!

Vamos ficar ligados, deve sair nas próximas semanas!

A grande importância destas divulgações é o fortalecimento do projeto: para ele funcionar de fato, as pessoas precisam saber que ele existe!

Por isso você também pode ajudar, divulgando-o!

...

Sempre vale lembrar que a segurança no trânsito está relaciona principalmente a atitudes. Nós conseguimos provar que nossa atitude positiva enquanto ciclista, membro do trânsito, contribui diretamente para torná-lo mais seguro.

Uma das principais formas de fazer isso é se comunicando bem no trânsito.
Quem é que gosta  daquele motorista que faz uma conversão sem "dar seta"?
É bem ruim não é?
Pois então, nós também não fazemos isso enquanto ciclistas: nos comunicamos com os outros membros do trânsito, sinalizando nossas intenções; se não temos luzes de direção, sinalizamos com as mãos, olhos e gestos. Isso já é uma grande atitude de segurança no trânsito!

Em breve teremos um post falando melhor sobre estas posturas no trânsito.

Até o próximo...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Entrevista para o programa "Até que faz sentido"

Este post segue em tom de divulgação:
Na semana passada fomos convidados para participar do programa "Até que faz sentido", da rede MultiShow, que vai ao ar toda quarta às 22 horas.
Este é um programa temático apresentado pelo Felipe Neto. Começou na Web com o nome "Não faz sentido" e hoje é apresentado no MultiShow.
O tema da edição que participamos é "Transporte público", e a bicicleta foi apresentada como alternativa dentro deste contexto.
Eu (com minha dobrável) e Diogo Leal (com sua MTB) fomos entrevistados, representando o projeto Bike Anjo aqui no Rio de Janeiro.

...
Um pequeno comentário sobre a bicicleta como alternativa: assim como disse o JP (Bike Anjo de Sampa) "bicicleta é um meio de transporte, ônibus outro, carro outro. Não é alternativa a estes. Até porque muitas vezes pode ser complementar!"
Enfim, a bicicleta é mais um MODAL URBANO, esperamos que possa ser encarada como uma opção de transporte, que tem vantagens e desvantagens, mas que traz consigo um apoio à sustentabilidade que poucos conseguem ter.
...

A equipe foi muito cordial e a entrevista seguiu em um tom bem descontraído, num lugar extremamente agradável no Rio: atrás do MAM, próximo à Marina da Glória.
Felipe foi gentil e adorou a dobrável - que acabou tendo um grande destaque na entrevista: pedalou, intrigou-se com suas características e fez vários "takes" tendo-a como destaque.
Será que ganhamos mais um adepto às bikes?

O programa deve ir ao ar no dia 17/08/2011, mas segundo a produção "pode ser adiantado para o dia 10/08/2011 ou adiado para 24/08/2011".
Bem, eu vou ficar ligado, se quiser acompanhe também.

É possível que se possa ver o programa na Web posteriormente, "On demand", mas ainda sem certeza. De qualquer forma vou mantendo todos informados

Um outro ponto bom da entrevista é que ela acabou motivando um encontro dos bike anjos aqui no Rio de Janeiro. Conseguimos bater um papo bem legal, deu para ver que o projeto no Rio está bem servido: pessoas sérias, responsáveis, inteligentes e atinadas com o mundo da bike e da sustentabilidade. A maioria do grupo faz parte também da Bicicletada.
Gente foi um prazer conhecê-los!

Até o próximo...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Por falar em CICLOROTA, veja a de São Paulo, que está entrando em operações hoje!

Veja reportagem do Globo News, destaque para os comentários:

- "Os carros e as motos terão de aprender a viver em paz com os ciclistas"
- "O objetivo é que haja um compartilhamento entre os motoristas e os ciclistas numa divisão dos espaços da via pública"
- "Os motoristas terão de se acostumar e tomar cuidado com este meio de transporte (a bicicleta) e terá que respeitar a velocidade de 30Km/h"


Até o próximo...

Utilidade: NITTRANS inicia implantação de CICLOROTAS em Niterói

Amigos, este post nasce em tom de utilidade pública, pois não vou fazer nenhum julgamento de valor ou emitir nenhuma opinião direta sobre a NITTRANS ou seu trabalho como um todo, estou apenas divulgando mesmo, pois acho que a iniciativa por si só é válida e depende de nós contribuir. Além do mais abriram o canal para isso.

Recebi a informação através de uma lista de discussão sobre cicloturismo, foi enviada por César de Paula (do Blog César Bicicloturista, ele publicou um post lá sobre o mesmo tema).

Abaixo reproduzo a informação exatamente como recebi:

"Bom dia.

A NITTRANS está implantando CICLOROTAS na cidade. Este trabalho está sendo realizado diante da análise e observação de usos já existentes. Propagaremos o trabalho para outros bairros.

Quero propor aqui que todos os que participaram da pesquisa e que apóiam o uso da bicicleta como meio de transporte ou simpatizantes da idéia, que utilizem as vias que já foram implantadas, mesmo que esporadicamente; em dias de semana ou mesmo nos fins de semana, como uma forma de ocupação do território conquistado.

São elas: Rua São Lourenço (já implantada), Rua Barão de Amazonas (já implantada), Rua São João (em andamento), Rua Visconde de Sepetiba (em andamento), Rua Visconde de Itaboraí (já implantada) e Rua Marechal Deodoro (em andamento).

Estamos implantando paraciclos (estacionamentos de bicicletas) em pontos estratégicos na cidade. Se você tem conhecimento de algum local onde há concentração de bicicletas estacionadas, nos informe, para que possamos avaliar os locais e colocar em nossa programação de implantações.

Favor retornar o email para:
dptt@nittrans.niteroi.rj.gov.br

Glauston Pinheiro
Assessor Técnico 
NITTRANS"

Enfim, caso tenham sugestões, enviem! É um ótimo exemplo de como nós - cidadãos comuns - podemos agir e contribuir para a coletividade de alguma forma.

Até o próximo...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os anjos estão à solta!

O projeto Bike Anjo aqui no Rio está engatinhando.
Mas está bombando, como se os anjos estivessem à solta.

Nós, Bike Anjos do Rio, já tentamos nos reunir mas ainda não conseguimos; só nos conhecemos mesmo por pequenos contatos através de e-mail.

O JP, Bike Anjo de Sampa, mantém todos os Bike Anjos aqui do Rio em contato: envia e-mails informando a entrada de algum novo voluntário, ajuda, coordena, orienta e nesta semana fez contato falando sobre o interesse de uma repórter do Globo Zona Sul (um caderno do Globo que circula na Zona Sul do Rio) em fazer uma matéria sobre os Bike Anjos do Rio.

Por questões de disponibilidade, inicialmente apenas eu e Rafael (um outro Bike Anjo que só conheço por e-mail) nos oferecemos para ajudar na matéria, que ainda está para ser confirmada.
Eu e Rafael trocamos alguns e-mails e ficamos de nos falar caso o encontro com a repórter fosse confirmado.
...
Durante o dia, Viviane me falou que - em seu deslocamento para o trabalho - avistara um ciclista com um "afastador" ao lado da bicicleta que era bem legal e parecia dar segurança a ele.
Me perguntou se eu conhecia. Chama-se Safety Wing.
Veja um:


Na verdade este era um equipamento de segurança que eu já havia procurado sem encontrar. A conversa acabou me lembrando de equipamentos de segurança que eu estava em busca e não havia adquirido ainda, como um colete reflexivo para andar à noite, semelhante a esse:


Não é para ser bonito, é para ser seguro! :-)

Acabei ficando com o tema na cabeça, reavivando a necessidade.
...
Ontem saí do trabalho em Niterói e fui para o MBA, no centro do Rio de Janeiro. Fui de bike, com minha dobrável pelas Barcas. As aulas são na Assembléia, quase esquina com Rio Branco.

Ao terminar a aula, desci, armei a bike, me equipei e entrei na Rio Branco, em direção à Zona Sul.
Assim que entrei na Rio Branco, por volta de 22:00h, avistei vagamente - uns 50 metros à frente - um ciclista todo equipado, com com um colete reflexivo exatamente como este da foto acima.
Estranho, mas alguma coisa me fazia querer emparelhar com ele; e o fiz. Acabamos parando no semáforo, onde o abordei, perguntando onde ele tinha comprado o colete.

Ele me respondeu:
- Pôxa, não fui eu que comprei, é do SOS Mata Atlântica, eu trabalho para eles como Bike Repórter. Todo o equipamento é deles, inclusive a bike.
Como estávamos indo para a mesma direção, acabamos pedalando juntos e trocamos algumas ideias.
Durante a conversa nos apresentamos, seu nome era Rafael. Ele ia para o Humaitá, estava vindo de Madureira (!)

Vejam: eu tinha postado um artigo no dia anterior sobre deslocamento de bike, usando-a como transporte diário, narrando meu trajeto de Botafogo a Niterói. Algumas pessoas comentaram e mostraram-se inseguras em relação à distância, o que é compreensível, mas... imediatamente vi que isso poderia ser um incentivo maior a estas pessoas.

Falei ao Rafael sobre o Blog, sobre o artigo e se ele se importava de eu narrar isso aqui. Ele disse que eu podia ficar a vontade. Mas não é só por isso que este artigo está aqui!

Na sequência, perguntei ao Rafael se ele já tinha ouvido falar dos Bike Anjos.
Ele me respondeu:
- Sim, conheço, eu me inscrevi há algum tempo e eu sou um voluntário aqui do Rio, parece inclusive que haverá uma entrevista para o Globo, mas não está confirmada.

!

Nossa!
Era o Rafael com quem eu havia trocado e-mails mais cedo, sobre a entrevista dos Bike Anjos!
Uau!
Foi meio surpreendente, achamos engraçado, continuamos a conversa, já em tom de quem se conhece há algum tempo (risos).
Depois de um tempo nos despedimos e deixei a promessa de que falaria sobre este encontro aqui no Blog.

Bem, ele não sabia da sequência de coincidências que fizeram o encontro ser mais legal ainda. Agora ela vai saber!

Rafael, foi um prazer conhecê-lo, me deu a boa sensação de que os Bike Anjos estão à solta!

Até o próximo...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Relato de uma experiência: pedalando diariamente para o trabalho, de Botafogo (Rio de Janeiro) para Niterói.

Este artigo foi escrito por sugestão de alguns amigos que gostavam da experiência. O mais enfático foi o Francisco, portanto o artigo é escrito em homenagem a ele.
Eu topei escrevê-lo porque creio que pode ser útil para quem tem vontade de trazer a bicicleta para o dia a dia, mas que por qualquer motivo, não pôs em prática... ainda.
É grande, espero que valha a leitura...

Antes de tudo, como era antes
Gostar de pedalar já era uma característica, eu morava em Niterói e me mudei para o Rio de Janeiro, onde tudo pedia um pedal: a cidade é linda e possui uma relativa estrutura para isso (na zona sul). No início minha esposa trabalhava nos fins de semana e eu aproveitava para pedalar durante quase todo tempo; era passeio, para conhecer tudo, pedalava por cada cantinho da cidade, conhecendo ruas e caminhos nunca imagináveis por quem vai a pé ou de carro.
Depois de um tempo já não pude mais pedalar nos fins de semana e diminuí muito o ritmo, mas a angústia crescia. Eu fazia tudo que podia para encaixar um pedal aqui, outro ali; tudo era motivo para ir de bike.
Mas não era suficiente.
Fiquei matutando uma forma de pedalar mais.

A decisão
2006.
Eu morava em Botafogo, trabalhava em Niterói e sabia que a distância não era problema, pois nos passeios dos fins de semana eu já havia ido até o Aeroporto Santos Dumont, que é bem próximo às Barcas (para quem não conhece a região, é preciso pegar uma Barca para atravessar a Baía de Guanabara, pois Niterói fica do outro lado da Baía).

E tempo: Niterói é ligada ao Rio de Janeiro pela ponte Ponte Rio-Niterói, não é permitido o trajeto de bicicletas lá, para ir a Niterói de bike tem que ser de Barca!

A ideia surgiu do nada, pela simples vontade de trazer a bike para meu dia a dia. Conversei com minha esposa - que concordou que poderia ser bom. O tempo estava tão escasso que não conseguia praticar atividade física, pedalar nem pensar!
Era então uma forma de unir - de verdade - o útil ao agradável, pois eu usaria um tempo morto (o trajeto para o trabalho, que era em média 1 hora e meia por trecho), para uma coisa que seria agradável e proveitosa.
Por incrível que pareça, o mais difícil da decisão era quebrar o paradigma: só havia referência de ir ao trabalho de ônibus ou de carro, pensar em ir de bike parecia coisa de doido (diga a verdade, você bem que deve achar isso também, não é?). Eu não conhecia ninguém que fazia isso. Inicialmente só pensava nas dificuldades...
Mas devo confessar que não consultei muita gente, apenas pensei em fazer, pesquisei e analisei a viabilidade; vendo que era plausível, apenas pensei em como poderia por a ideia em prática.
Sem muita estrutura, me organizei para fazer o teste numa segunda feira.
No domingo organizei tudo: preparei a bike (era uma caloi supra com pneus slick, bem adaptada para andar na cidade, com bagageiros para auxílio da carga; ela já se foi... roubada), separei a roupa, equipamentos de segurança e higiene, e me preparei para o dia seguinte.

O primeiro dia
Verão.
Acordei ansioso, só pensava no pedal, tomei banho, revisei tudo que já estava pronto no dia anterior e me arrumei.

Saí como se estivesse partindo para uma grande aventura, a adrenalina era grande.
Engraçado, eu saí para fazer a mesma coisa que fazia sempre: pedalar, mas a sensação de ir pedalar para o trabalho parecia diferente!
Parti sem uma rota definida, tinha apenas o roteiro base na cabeça. O trajeto até as Barcas correu sem susto ou sufoco, apenas cheguei suado, mas depois vi que o maior motivo era mesmo a ansiedade e adrenalina, não o percurso em si.
Nas barcas, muitas chatices: ter que pagar pela bicicleta, além da passagem; sem contar as dificuldades colocadas pela empresa para a travessia de bicicleta. É incrível, eles fazem de tudo que podem para dificultar: não podemos entrar com a bicicleta na área de passageiros, temos que ir pelo portão lateral, deixar a bike lá, voltar à área das roletas, passar pela roleta, esperar abrir os portões e só assim poder pegar novamente a bike, ufa!
Dá para ver que até os funcionários são treinados para tratar mal o ciclista. Terrível!
Essa foi a pior parte do trajeto, perde-se pelo menos 10 minutos só nesta confusão, raras eram as vezes que não perdia uma Barca só por causa desta dificuldade.
Olha tem MUITA coisa a se falar sobre este problema das bicicletas nas Barcas, mas vai ser assunto para um outro artigo.

Dentro da Barca muitos olhavam curiosos, e a travessia seguia agradável.

Ao chegar em Niterói, segui novamente por um trajeto não definido, cheguei ao trabalho com uma ótima sensação de desafio superado.
Esta sensação foi a melhor parte de tudo: quebrar um paradigma, superar um desafio e vencê-lo.
Passei o dia orgulhoso, contando a todos o que tinha feito, me sentia um herói!
...
A volta foi tranquila, sem a preocupação com o tempo e vestimentas. Fechei o dia com a sensação de ter superado um grande desafio.
Impagável!

O dia a dia
Com o tempo, tudo foi se tornando natural e pedalar para o trabalho passou a ser o padrão. Depois de um tempo precisei parar por motivos externos, mas voltei logo que pude.
Logo, chegar suado já não era um problema, pois a frequência e o consequente aumento de preparo físico, tornaram o pedal diário nada cansativo.
A experiência também vai aumentando e vamos correndo menos riscos, hoje eu já tenho algumas rotas padrão, para ida e para volta, de acordo com o horário e com o tempo.
Aprendi - por exemplo - que ganhar 5 ou 10 minutos em detrimento de segurança não compensa, vale sempre mais a pena fazer trajetos mais seguros, mesmo que isso represente andar um pouco mais. Por outro lado, pedalar mais significa mais prazer...
Outra coisa boa é a quantidade de pessoas legais que conhecemos pelo caminho: é muito comum ser abordado por pessoas admiradas com o fato de estarmos "fazendo uma coisa tão diferente". Em quase todos os dias surgia algum papo interessante com alguém na Barca, mostrando interesse em fazer a mesma coisa, ou admirando "a coragem".

Hoje o padrão é ir de bicicleta, a qualquer lugar! Na verdade, hoje só não vou de bike quando as circunstâncias não permitem (normalmente o fato de não estar sozinho). Para que isso fosse mesmo possível eu até adquiri uma bicicleta dobrável, com ela posso mesmo ir a qualquer lugar.

O que fica disso é a mudança de paradigma: antes parecia estranho ir de bicicleta ao trabalho, hoje me parece estranho não ir de bicicleta a qualquer lugar como primeira opção, porque há de fato poucos empecilhos para não ir.
A experiência foi enriquecedora para mostrar que no dia a dia a bicicleta é o melhor meio de transporte urbano. Muitas cidades do mundo já perceberam isso e trouxeram a bike para sua rotina, algumas ainda estão se organizando para isso e outras ainda hão de recebê-las. Eu sou uma das pessoas que está contribuindo para que isso se torne realidade. Se quiser pode se juntar a nós.

Os trajetos
Ida
Fiz e experimentei vários trajetos, utilizando a ciclovia, a faixa compartilhada, andando no trânsito etc. Com o tempo montei várias rotas.
Confesso que eu fazia alguns pequenos trechos em contra-mão, no início. Isso acontecia porque, além de pouca informação eu acreditava que não fazia mal a ninguém. Mas com o tempo aprendi que não devia fazer isso porque era ruim para todos (depois vou fazer um artigo para discutir isso) e passei a mudar o trajeto; hoje todas as rotas são feitas sem NENHUMA contra-mão ou passagem por calçada pedalando.
As rotas possuem poucas variações entre si, o que passei a evitar sempre são trechos em vias expressas, onde passam ônibus, estes devem ser evitados.

Volta
O mais crítico na volta era a segurança, dependendo da hora do retorno, porque haviam trechos muito ermos, e passar de bike à noite não era muto seguro.
Eu fui experimentando várias opções, observando o movimento de cada e região e fui montando rotas seguras.
A vantagem do trajeto de volta é a não preocupação com o fato de precisar chegar suado ou com roupas específicas, portanto, no meu caso eu sempre voltava de bermudas e roupas mais confortáveis. A volta acabava sempre sendo mais um passeio agradável do que um trajeto rotineiro de volta do trabalho. Muito bom!

As lições
A maior de todas, sem dúvida foi a quebra do paradigma, que tanto repeti aqui. O que eu observo na maioria das pessoas que manifestam vontade de fazer o mesmo é o conjunto de dificuldades impostas para começar. E o que posso dizer em relação a isso é: basta começar, acorde um dia e diga: "hoje eu vou fazer isso"; é bem mais simples do que se pode imaginar. E olhe que isso aqui não é autoajuda!

Outra coisa relevante é a percepção da bicicleta como veículo no trânsito. Muitas pessoas dizem sentir medo, mas devo dizer que raríssimas foram as vezes em que me senti ameaçado, e posso dizer que em todas estas poucas vezes, o agente sempre era um motorista de ônibus. Com o tempo aprendi a ter uma boa conduta no trânsito, me garantindo segurança.

Hoje é fácil encontrar dicas na Web sobre pedalar no trânsito com segurança. Aqui darei algumas, mas há ótimos artigos nos sites do Willian Cruz (Vá de bike), dos Bike Anjos e da Escola de Bicicleta. Não deixem de ver.

Para você que pensa em fazer o mesmo, algumas dicas:
Bem, as dicas são baseadas em meu aprendizado e nos estudos sobre o tema. Mas posto também dúvidas que muitas pessoas tem quando pensam em fazer o mesmo, por isso organizei-as em forma de perguntas, que eram as que eu ouvia no dia a dia. (Em breve terei aqui no blog uma seção com dicas, elas estarão lá, junto com algumas outras).

- Nossa você tem coragem de passar pela ponte de bicicleta?
Essa eu já respondi no início do artigo: não é permitido o trajeto de bicicletas na ponte Rio-Niterói, o trajeto tem que ser feito de Barcas.
Vou repetir: o uso de bicicleta nas barcas é um tema tão sério que vai virar um artigo em breve. Aguardem!

- Você deve ser maluco, é muito perigoso!
Vejam, eu não sou maluco, nem suicida. Muito menos um idealista que vive fora da realidade. Sou uma pessoa comum, séria, que gosta de andar de bicicleta e só tomo decisão quando bem fundamentada, sou até chato com isso. Só que - por outro lado - não sou nada acomodado.
Tenho família, desejos, amores, qualidades e defeitos como qualquer um.
Eu nunca passei sufoco no trajeto, faço minha segurança passiva e ativamente. Posso dizer que sempre me senti respeitado (com exceção de alguns motoristas de ônibus, mas isto é tópico para outro artigo), mas sei que isso só ocorre porque minha atitude também é de respeito a todos.
Tem uns ótimos artigos sobre segurança no trânsito nos sites do Willian Cruz (Vá de bike), dos Bike Anjos e da Escola de Bicicleta. Não deixem de ver!

- Mas você não chega suado? No seu trabalho tem vestiário?
Comecei a fazer o trajeto no verão e no início eu chegava bem suado; não tinha chuveiro ou vestiário onde eu trabalhava. Com o tempo fui me acostumando e já não chegava tão suado. Mas o que eu fazia: ia com uma camisa leve e fresca, preferencialmente de tecido Dry-Fit. Ao chegar, quando já estava perto, diminuía o ritmo, para ir secando o suor, ao chegar trocava a camisa, me secava com a toalha e completava a secagem com desodorante (fundamental, risos). Quando chegava no escritório, me dirigia ao banheiro e finalizava a higiene, lavando rosto e mãos.
Parece complicado, mas tudo fluia bem.

- Mas como você faz para levar sua camisa social sem amarrotar?
Veja, eu aprendi a fazer uma dobra que deixa a camisa muito pouco amarrotada, e eu a colocava de uma forma na mochila que não havia nada pressionando-a, assim, ao chegar, eu a vestia e em poucos minutos já estava melhor do que se estivesse amassada por estar sentado num banco de ônibus ou do carro.

- Nossa, mas é longe, demora muito!
Essa é a melhor parte: por incrível que pareça, eu levava menos tempo que de ônibus e quase o mesmo que de carro. No meu caso, o que mais demorava era estrutura das Barcas, eu chegava a perder 30 minutos em função de todas as suas dificuldades.

- Ok, mas então que você acha que é necessário mesmo usar num trajeto assim?
Roupas leves e confortáveis para o trajeto.
Óculos é fundamental, porque protege os olhos de algum objeto indesejável numa hora crítica.
Deve-se usar também os equipamentos obrigatórios na bicicleta (buzina, espelho retrovisor no lado esquerdo e luzes).
As luzes são muito importantes! Uma das coisas mais importantes em relação à nossa segurança no trânsito é ser visto!
Use luzes piscantes (para saberem que você está numa bike) na dianteira (branca) e na traseira (vermelha).

Esteja pronto para enfrentar uma chuva, se for na ida é um pouco pior porque você terá que organizar na chegada ao trabalho, mas se for na volta não há nada demais. O que é importante em relação à chuva é a proteção de coisas que não podem se molhar (documentos e eletrônicos), por isso, sempre tenha uma forma de impermeabilizar  estes itens.
No mais, veja os artigos indicados aqui e na seção DICAS com informações sobre o pedal no trânsito e no dia a dia.

...

Foi longo, né? Mas espero que tenha valido a pena!

Bem, tudo isso que eu escrevi é para mostrar que pedalar no dia a dia - sobre tudo para o trabalho - é bem mais fácil do que se imagina e mais legal do que parece: é bom para a saúde, é um aproveitamento racional do tempo, é bem agradável, e ainda por cima contribuímos para melhorar nosso mundo.

Se você tem vontade mas está ainda na dúvida, ainda pode pedir a ajuda de um Bike Anjo, eu sou um e posso ajudar se quiser.

Agora, se o artigo te animou e você já decidiu, seja bem vindo ao time! Só não esqueça de pegar todas as dicas necessárias antes de começar!

Até o próximo...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Enquanto isso numa "pequena" cidade da China...

Esta foto é de 2006, numa cidade chamada Chengdu, na China, num dia comum, com pessoas comuns.


Posto aqui em resposta a esta conversa de que "só na Europa é que a bicicleta é difundida".
Vamos ampliar nossos horizontes!

Voluntariado e Senso de Coletividade (Parte 1)

No último fim de semana fui levar meu filho, para passear e brincar - como de praxe. Desta vez, como visitava um amigo, levei-o a um parque próximo a sua casa, público, novo, numa praça em Niterói que ainda estava em "fase de finalização".
Muitas crianças brincavam, pouquíssimas mães e nenhum pai; eu era o único. Por ser o único pai ali, naturalmente causei muito estranhamento às crianças presentes: da forma como brincava com meu filho, as outras crianças paravam suas brincadeiras para nos observar, envoltos e felizes por ver meu filho tão feliz brincando comigo. Alguns deles logo pararam suas brincadeiras para participar das nossas. Foi uma ótima festa para todos. Poucos momentos de felicidade que valem o dia!
Relato isso porque uma coisa em especial me chamou muito a atenção: como o parque ainda estava em "fase de finalização", muitas (grandes) pedras soltas na área de recreação ameaçavam as crianças de muitas formas: umas pisavam e tropeçavam, outras as pegavam para jogar longe, ameaçando ferir outras. Alguns poucos adultos presentes afastavam - inutilmente estas pedras. De fato ainda parecia um fim de obra.
Ao fim, tudo ficava como antes: as crianças iam ali, brincavam e iam embora, no dia seguinte algumas provavelmente voltariam, e provavelmente a cena se repetirá: pedras no caminho ameaçando a segurança das crianças. E ninguém provavelmente fará nada.
Fiquei intrigado com aquilo, ao fim do dia comentei com um amigo dizendo:
- Incrível, se eu morasse aqui - tendo filho - a primeira coisa que faria seria limpar aquela área de recreação das crianças, parece que todos ficam esperando a atuação do estado para resolver uma coisa tão básica, que envolve diretamente a segurança de nossas crianças. Não agem e - provavelmente - reclamam que o governo não faz seu trabalho corretamente. Uma ação básica, cidadã, que beneficiaria todos.
O amigo comentou:
- Robson, é difícil encontrar esta consciência nas pessoas.
...
Abaixo cito um trecho de um relato de um brasileiro em seus primeiros dias vivendo na Europa (veja o relato completo em Brasileiro na Volvo-Suécia):

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:
- Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final.
Ele me respondeu simples assim:
- É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?
...
É.
Estes pensamentos são - vez por outra - questionados por alguns, dizendo que "não estamos na Europa", "isso é uma utopia", "as pessoas não pensam assim", "...". E é claro que também reflito sobre tudo isso.
O que tenho a dizer é que fazer trabalho voluntário ou agir pensando na coletividade não é coisa de extra-terrestre ou de "pessoas-especiais-que-estão-pensando-sempre-no-bem-coletivo".
Isso é coisa de gente comum, como eu, como você.
O ser humando é capaz de usar um carro para passar por cima de dezenas de pessoas pedalando, pegando-os pelas costas e dizer que se sentia ameaçado por estas pessoas.
Mas o ser humano também é capaz de ajudar o outro!
Enfim, é o ser humano.
Ajudar o outro, ou simplesmente agir tendo a consciência de que qualquer ação nossa impacta diretamente na vida de outros é bem simples; qualquer pessoa é capaz de fazer.
Andar de bicicleta e trazê-la para o dia a dia é muito mais que resolver um prazer ou necessidade pessoal: é também contribuir para o conjunto das pessoas, já que estamos de fato melhorando a cidade, menos poluição, menos carros, mais agilidade, mais saúde.
Mas isso também só pode ser verdadeiro se estamos mesmo pedalando e respeitando o outro.

Este assunto continua...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Primeira marcha - O início de tudo

Criei este blog para falar do que a bike envolve em muitas de suas possibilidades: as cidades, as viagens, a mobilidade, a sustentabilidade, a educação, o respeito ao próximo, a liberdade, a inteligência, a saúde, vinhos (bem...).

Começar um blog é também um desafio, porque ninguém é obrigado a vir aqui ver, mas se vem, que pelo menos tenha alguma coisa interessante para ler, assim vou tentar retribuir a gentileza.

Sinto-me então na obrigação de explicar o porquê deste Blog:
- porque eu preciso berrar, porque há muito a se dizer sobre como a bicicleta pode mudar e melhorar nossas vidas. E, como muitos, acho que posso contribuir um pouquinho.
...
Vou começar já falando o início de tudo:

Me cadastrei como voluntário dos Bike Anjos. Iniciativa feliz e exemplar de uma turma de Sampa para contribuir com pessoas que desejam pedalar, mas se sentem inseguras. Após a inscrição, fui orientado por eles a divulgar ao máximo o trabalho. E eu fiz, fiz barulho na empresa que trabalho, a turma da comunicação fez um artigo sobre o projeto e eu escrevi o texto abaixo sobre o projeto. Aqui começa tudo.
... ... ...
Em nossas lembranças mais remotas o senso coletivo imaginava como seria a cidade do futuro, vislumbrando muita tecnologia, com automóveis moderníssimos - que até voavam.

O tempo passou, a modernidade chegou, a tecnologia cada vez faz mais parte de nossas vidas, porém, o caminho que ela segue é diferente destes nossos vislumbres: cada vez mais a tecnologia faz parte da consciência de que tudo que produzimos tem como objetivo final melhorar a vida do ser humano.
Porém, neste caminho, fomos tão afoitos na busca de tecnologia e avançamos com tanta força que fomos destruindo tudo que passava em nossa frente; fomos destuindo a natureza e nossas reservas naturais, criamos cidades cada vez menos preparadas para as pessoas; cada vez mais preparadas para as máquinas.

Felizmente percebemos isso a tempo, estamos passando por um fenômeno mundial que é a percepção de que não podemos continuar construindo nosso mundo de uma forma tão destrutiva, que precisamos crescer e evoluir com o desafio de preservar nosso planeta.

É o desafio da sustentabilidade.

Este desafio é do ser humano, de todos e de cada um. Cada um deve fazer sua parte para tornar possível a vida em nosso planeta nos próximos longos anos. Nossos filhos agradecem!
Aliado a isso, o que as sociedades mais avançadas tem percebido é o contrário do que imaginávamos para as cidades do futuro: menos carros, menos poluição, mais saúde, mas preservação do planeta. Isso quer dizer busca de transportes alternativos, menos poluentes, menos agressivos às pessoas e ao planeta.

A tecnologia está então apoiando a sustentabilidade!

É nisso que entra a bicicleta: cada vez mais as sociedades mais evoluídas tem percebido que ela é uma das principais soluções para problemas de locomoção das cidades do fututo. Aliás, para solução de muitos problemas do futuro: saúde, preservação do planeta etc.

Algumas cidades já estão incorporando a bicicleta a suas vidas, mas para que ela entre de fato neste contexto, depende também de cada um de nós fazermos nossa parte.
Como? Usando a bicicleta, trazendo-a para nosso dia a dia como meio de transporte, substituindo o automóvel e veículos que queimam combustíveis fósseis, cada vez mais. E acima de tudo: educando todos da importância que cada um tem nesse contexto.

Isso ainda parece assustador, não é? Parece, por que não sabemos por onde começar.

Bem, não sabe como começar? Chame um bike anjo!

Bike anjo é uma iniciativa de um grupo de ciclistas urbanos de São Paulo, que, percebendo a necessidade e vontade das pessoas de começar a utilizar a bicicleta no dia a dia, não o faziam por se sentirem inseguras. Eles começaram então a oferecer apoio a estas pessoas, ajudando-as a começar a pedalar, tirando sua insegurança no trânsito. É um grupo de pessoas fazendo sua parte para melhorar este mundo do futuro!
O projeto começou pequeno, mas é tão legal e foi tão bem recebido que em pouco tempo teve muito sucesso, adquiriu novos adeptos, e vários meios de comunicação começarama divulgá-lo.

O trabalho é voluntário. Com a divulgação, surgiram novos adeptos e voluntários pelo Brasil, mas o movimento mais forte ainda está em São Paulo mesmo.
Eu me tornei voluntário do projeto; na prática para pessoas de Niterói, porque é onde estou e onde posso oferecer - logisticamente - meu tempo sem comprometer outras atividades. Em breve me transfiro de volta para o Rio.

Para solicitar a ajuda é simples: a pessoa entra no site e solicita um bike anjo, fazendo um cadastro informando local, dia e hora que deseja ajuda. Através do cadastro deles, eles vêem quem é que tem disponibilidade no local/dia/hora solicitados, e fazem a indicação.

A ajuda consiste basicamente em:

Ajudas teóricas
- Orientações iniciais sobre regulagem da bicicleta, equipamentos de segurança (aconselháveis e obrigatórios), vestuário (incluindo alternativas para quem a usa para ir ao trabalho)
- Orientações sobre direitos e deveres do ciclista no trânsito
- Dicas sobre manutenção da bicicleta

Práticas
- Pedaladas iniciais pelo bairro, em ruas tranquilas para ajudar a sentir confiança e chamar a atenção sobre pequenos vícios
- Orientações, durante o pedal, de como se portar no trânsito
- Feedback para o ciclista se ele está apto ou não para já começar a pedalar no trânsito,

A partir de então o ciclista pode iniciar o uso da bicicleta no dia a dia, claro com a respectiva opinião e orientação do bike anjo, que pode - inclusive - dizer que a pessoa ainda não está preparada.

Mas - independente do auxílio em si - algumas coisas que podem ser ditas desde já que são MUITO importantes para quem já pedala:

- Bicicleta faz parte do trânsito, é identificada no código de trânsito brasileiro como tal, portanto seu lugar é na RUA, não nas calçadas. E deve seguir algumas regras básicas:

  • Não andar na contramão
  • Não andar na calçada (não queremos fazer na calçada com os pedestres aquilo que os carros fazem conosco na rua)
  • Respeitar o pedestre acima de tudo

- Para ser respeitado, é preciso respeitar, obedecer a ordem de prioridade já é um ótimo começo (pedestre - ciclista - moto - carro - ônibus - caminhão)
- É importante saber que andar no trânsito não é totalmente seguro, mas a maior parte da segurança é feita por nós
- E o que parece mais difícil de realizar por quase todo ciclista: NÃO ANDAR NA CONTRAMÃO!
- Se julgar incômodo ter que dar uma volta muito grande para evitar contramão, ande com a bicicleta na calçada, mas carregando-a na mão, não pedalando

Seguindo estas regras básicas, já é um grande começo!
... ... ...
Bem, se você chegou até aqui é porque valeu a pena. O assunto vai continuar. Até o próximo!
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